A Luana Carolina tem uma frase que diz sempre: “bom você se torna.” Também pergunta sempre, todas as manhãs no Instagram: “dormiu bem? Acordou melhor ainda?” É uma querida, sempre com um sorriso no rosto. Claro que é só a rede social, aquela pequena parcelinha da vida que ela desenha e deixa transparecer ao público para obter os resultados comerciais que deseja, mas quando passamos a acompanhar todos os dias o que vemos é uma coisa só: consistência.
Somos o que fazemos todos os dias.
Hoje, mais um dia, acordei. Sou vivo. E grato por poder compartilhar mais uns dias com minha família. E contigo, que me lê aqui, e veja só, talvez me leia muito tempo depois de eu ter escrito essas linhas, talvez até, em uma época em que na verdade não esteja mais aqui. Espero ser útil ao tempo dedicado a essa leitura.
A parte interessante da constatação de que somos o que fazemos todos os dias é que podemos ser exatamente quem queremos ser. Basta fazer. Todos os dias.
Aqui, sou pai. Sou marido. Sou escritor. Para ser escritor, acordo antes do restante da casa, é a situação do momento, pois quando minha filha acordar passo instantaneamente da condição de escritor para a de pai, quando vou dar um beijo de bom dia, dizer que a amo, e preparar o café da manhã enquanto ela me pede onde guardei o controle remoto para que possa assistir alguma coisa no YouTube enquanto da cozinha a lembro que há coisas para estudar para as provas dessa semana. Então sou escritor, mas só depois das atividades diárias que decidi tomar como prioridade todos os dias. Porque na sequência acordam o filho e a esposa, e a atenção também se volta para ambos.
Claro, podia estar lavando a louça em vez de estar aqui escrevendo. Talvez a esposa até preferisse isso, mas sou mais escritor do que lavador de louça, então, se sobrar tempo depois destas linhas, quem sabe. Como escritor trago dinheiro para casa. Dinheiro paga alguém para lavar nossa louça de maneira a sobrar mais tempo para dedicar ao que fazemos melhor. Escrevo melhor do que lavo louças, apesar de também lavar louças melhor do que a quem pago para isso, mas temos que escolher nossas lutas.
Nesse ponto você pode notar que as vezes divirjo, o assunto expande, parece ir para caminhos diferentes do imaginado. É assim dentro da minha cabeça, nada é tão simples e linear quanto poderia ser. É atípico, então nem todos entendem, mas com um pouco de paciência, os que toleram isso acabam se beneficiando. Eu sei, as vezes o que digo ou escrevo pode parecer um pouco como convencimento, para alguns até arrogância, mas não. É um desejo ardente de ser útil, de ajudar, e a certeza de que, para os que conseguem decifrar, consigo entregar algum valor que facilite ou torne suas vidas melhores.
Então retomo o assunto original. Se somos o que fazemos todos os dias e podemos decidir o que fazer, o que você será? É aqui você pode estar pensando que estou falando de você, mas não tenho essa soberba de querer falar o que os outros devem ou não fazer, o que devem ou não ser. Estou obviamente falando de mim para eu mesmo. E falando de mim espero ser útil para que você pense sobre você mesmo.
Sou escritor, estou escrevendo. E assim descrevo algumas coisas que faço todos dias, tentando mostrar alguns objetivos que possuo, lentos caminhos que percorro diariamente.
Sou leitor. As vezes de livros, as vezes do que tem na frente para ler. Ultimamente leitor de Instagram, muito conteúdo bom e útil, as vezes na forma de vídeo mesmo, mas com certeza escrito dentro da mente de quem está falando. Alguns desdenham do Instagram como sendo uma rede de bobagens, fofocas, fotos de comida ou vídeos de dancinha, mas tem tanta gente boa por lá, diariamente ensinando e transmitindo sabedoria, que realmente lamento pelos que não sabem filtrar o bom conteúdo que poderia ajudar imensamente em suas vidas.
Pessoas como o Samer Agi, Ícaro de Carvalho, Luana Carolina, Lara Nesteruk, Wendell Carvalho, João Menna e muitos outros tem tanto dentro de si que transbordam. Claro que nem sempre falam coisa útil para mim, do que me interessa a base, o lápis de olho ou a bolsa que a Lara usa? Mas filtra, o conteúdo útil vale a eventual distração, vale o alívio cômico que o Ícaro insere em algumas respostas, vale a propaganda que todos fazem do produto que querem vender, mesmo que não seja para você. Então leio muito no Instagram. E no YouTube, onde escuto e assisto conteúdos que foram previamente pensados e escritos.
Acompanho um punhado de pessoas nos assuntos que me interessam, nos assuntos em que desejo me aprofundar. Investimento em ações, com o Ricardo Schweitzer e a Cris Fensterseifer (sim, tive que olhar para escrever o nome certo). Fundos imobiliários com o Marcelo Fayh e o Danilo Bastos. Aqueles que já citei no parágrafo acima, mas também muitos outros que agregam diariamente com sua experiência, como a Cristina Junqueira, o Flávio Augusto. Profissionais das mais diversas áreas como a Dra. Olzeni Ribeiro e o Dr. Thiago Castro. Não tem um dia sequer em que não aprenda alguma coisa nova. Estudar é atividade diária aqui.
Claro que estou longe de ser perfeito ou de servir de exemplo para qualquer pessoa. Sou só mais um ser humano comum cheio de defeitos e problemas para resolver. Então escrevo também para me lembrar disso. Do exercício diário que não faço. Das caminhadas que prometo e não cumpro. Do doce, do chocolate, da fritura que digo que evitarei, mas não evito.
Somos o que fazemos todos os dias.
O que você quer ser? O que precisa fazer para isso? Escreve. Se compromete com o papel. Coloca em palavras e depois em ação. Todos os dias.