Sobre Independência Financeira

Breve descrição do que entendo por independência financeira, baseado no conceito tradicional do termo, divulgado amplamente por Robert Kiyosaki, com alguns acréscimos pessoais.

Se você não consegue assistir ao video, veja diretamente no YouTube clicando abaixo:

Video Independência Financeira – YouTube

Circuito Money Sul de Educação Financeira 2010

Estive em Lajeado no dia 29 de abril para a realização da primeira edição do ano do Circuito Money Sul de Educação Financeira. Este ano, evoluindo em relação ao formato do ano anterior, quando ainda se chamava Circuito Universitário Money Sul, o formato foi o de Talk Show, com um mediador apresentando os participantes, suas qualificações e fazendo uma bateria inicial de perguntas.

Depois desta abertura, o espaço foi aberto para o público fazer suas perguntas para cada especialista. Abaixo, uma amostra do salão cheio e uma foto deste que vos escreve 🙂

A próxima edição será no dia 20 de maio, no Instituto Eckart.

Confissões de uma anta

Semana passada a Cora Rónai se confessou uma anta financeira ao “investir” em títulos de capitalização. Sou solidário a ela pois apesar de não cometer os mesmos erros, cometo outros pelos mesmos motivos que a levou a tal erro: confiar nas pessoas e não ler as letrinhas miúdas.

Tenho uma história relacionada ao assunto, contada por um amigo médico psiquiatra que trabalha na fundação dos funcionários de um grande banco nacional. Diz ele que quando um gerente chega até ele, normalmente é por depressão. Qual não foi minha surpresa ao saber os reais motivos disso… Eles sofrem em ter que oferecer aos clientes produtos que sabem ser péssimos para os mesmos. Eles sofrem ao oferecer especificamente os títulos de capitalização, mas não tem o que fazer pois há metas e seus cargos ficam em risco ao não cumpri-las. Uma destas metas é vender no mínimo X títulos de capitalização todos os meses.

Há alguma esperança no horizonte. Gerentes: revoltem-se com esta situação e cuidem de suas saúdes evitando o que lhes causa esta depressão. Não ofereçam títulos de capitalização como investimento.

A Selic não é uma referência para os juros!

Lembro-me de ter escrito um artigo em algum mês do segundo semestre de 2008, falando sobre as taxas de juros de 17% que estavam sendo pagas pelo tesouro direto com vencimento em 2017. Esta queda nos juros estava sendo noticiada pelo Governo e com a crise, abriu às últimas oportunidades para quem ainda tinha algum interesse em manter seus recursos aplicados com uma alta taxa pelos próximos 10 anos.

Infelizmente, para nós que somos poupadores e investidores de longo prazo, uma taxa menor de juros não é a melhor notícia do mundo. Tenho a oportunidade de conversar com muitas pessoas sobre este e outros temas e muitos tem a mesma visão. Esta queda na taxa de juros causará impactos diretos ao governo no que diz respeito a captação de recursos para cobrir o buraco deixado por ele quanto as suas dívidas. A Estratégia do Governo é pagar menos juros para economizar, já que ele é incapaz de minimizar seus gastos. Também não podemos esquecer que estamos próximos da próxima eleição presidencial.

Com uma taxa menor, muitos poupadores/investidores vão buscar outras modalidades de investimento ou transferir uma maior fatia para investimentos em ações, imóveis ou até mesmo para a poupança, que está tornando-se uma melhor alternativa de “investimento”. Grande parte dos fundos de renda fixa são compostos por títulos do governo mas, com a taxa de administração e Imposto de renda sobre esta aplicação, certamente a poupança ganhará da Renda Fixa.

Nunca imaginei que eu estaria fazendo este tipo de comparação!!!

Muitos acham que a queda dos juros é boa e dará mais poder de compra a população, mas o que muitos não sabem ou não querem ver é que esta taxa não é aplicada automaticamente pelo mercado. Os bancos justificam que não podem cobrar uma taxa de juros menor por causa da inadimplência, mas parem e pensem. A inadimplência não é alta exatamente porque eles mantém uma alta taxa de juros?

Por fim, vejo mais um capítulo sendo escrito sem um final feliz.

Os 10 mandamentos do design

No início dos anos 80, Dieter Rams se preocupava cada vez mais com o estado do mundo ao seu redor…

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No início dos anos 80, Dieter Rams se preocupava cada vez mais com o estado do mundo ao seu redor – “uma confusão impenetrável de formas, cores e ruídos”. Sabendo que ele era um contribuinte signativo para aquele mundo, perguntou a si mesmo uma questão importante: será bom o meu design?

Como o bom design não pode ser medido de forma precisa ele expressou os dez critérios mais importantes para o que ele considerava um bom design. Logo após eles se tornaram conhecidos como “Os dez mandamentos”.

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Dieter Rams, designer – Cold War Modern.

Os 10 mandamentos do design, por Dieter Rams

1. O bom design é inovador

Ele não copia as formas de produtos existentes, nem produz qualquer tipo de novidade sem objetivo. A essência da inovação deve ser vista claramente em todas as funções de um produto. As possibilidades a respeito disso nunca são exauridas. O desenvolvimento tecnológico continua oferecendo novas chances para soluções inovadoras.

2. O bom design torna um produto útil

Um produto é comprado para ser usado. Ele deve servir a um propósito definido – tanto nas funções primárias quanto nas secundárias. A tarefa mais importante do design é otimizar a utilidade de um produto.

3. O bom design é estético

A qualidade estética de um produto – e a fascinação que ele inspira – é parte integral de sua utilidade. Sem dúvida é desconfortável e cansativo ter que se contentar com produtos confusos, que lhe irritam, com os quais você não consegue se conectar. Entretanto, sempre foi uma tarefa árdua argumentar sobre qualidade estética, por duas razões.

Primeiro, é difícil falar sobre qualquer coisa visual, já que as palavras têm um sentido diferente para pessoas diferentes.

Segundo, qualidade estética lida com detalhes, tons sutís, harmonia e o equilíbrio de uma completa variedade de elementos visuais. É necessário um bom olho, ensinado pelos anos e anos de experiência, a fim de ser capaz de chegar a conclusão certa.

4. O bom design ajuda um produto a ser entendido

Ele torna clara a estrutura do produto. Melhor ainda, ele pode fazer o produto falar. Na melhor das hipóteses, ele é auto-explicativo e te salva da longa e tediosa consulta ao manual de instruções.

5. O bom design não bloqueia

Produtos que satisfazem esse critério são ferramentas. Não são nem objetos decorativos nem arte. Seu design então deve ser tanto neutro quanto restrito, deixando espaço para a auto-expressão do usuário.

6. O bom design é honesto

Um produto desenhado com honestidade não deve indicar funções que ele não possui – ser mais inovador, mais eficiente, ou ter maior valor. Ele não deve influenciar nem manipular compradores e usuários.

7. O bom design é durável

Ele não é tendência que pode estar fora de moda amanhã. Esta é uma das maiores diferenças entre produtos bem desenhados e objetos triviais para uma sociedade produtora de lixo. O lixo não deve mais ser tolerado.

8. O bom design é pensado nso mínimos detalhes

Pensamento e acuidade no desing são sinônimos com o produto e suas funções, como vistas aos olhos do usuário.

9. O bom design se preocupa com o ambiente

O design deve contribuir para um ambiente estável e um uso consciente dos materiais naturais. Isto significa não apenas a poluição real, mas também a poluição visual e a destruição do nosso ambiente.

10. O bom design é o menos design possível

De volta à pureza, de volta à simplicidade.

Mais um video

http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=1874819&server=vimeo.com&show_title=1&show_byline=1&show_portrait=0&color=&fullscreen=1
Braun T1000, designer Dieter Rams – Cold War Modern.

A seguir, link para o artigo original que traduzi acima: Vitsoe.

Vitsoe é a empresa que fabrica os móveis com design do Dieter Rams. Vale a visita ao artigo original, mesmo se você não sabe inglês, pois o mesmo é amplamente ilustrado com produtos desenhados por ele. Sabendo inglês e gostando de design, tenho certeza que você adorará conhecer o restante.

Chove em Porto Alegre. Que sorte.

Chove hoje em Porto Alegre. Sempre tive duas opiniões sobre dias de chuva. Gostava e não gostava. Hoje gosto. Trabalho em casa desde julho deste ano. Mudei para um novo apartamento, maior e com espaço para fazer um escritório para mim e um para minha esposa. O barulho da chuva ajuda a me concentrar.

Dizem que chover no dia do casamento é sinal de sorte. Eu tive essa sorte há exatamente três anos e cinco meses. E hoje, completando 36 anos de idade, estou tendo novamente essa sorte.

Quando a gente começa a falar de sorte, logo lembra de uma série de frases famosas. Vou ficar só com uma:

Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho.

Thomas Jefferson

Realismo Positivo

A ano passado e o início deste ano foram duros. Quem estava por perto sabe o que aconteceu. Mas os dias continuam e assim vamos levando. Há coisas que simplesmente temos que aceitar como parte da vida, não há nada que possamos fazer para mudar. Outras, podemos planejar, esperando que os planejamentos dêem certo e descobrindo que quando tudo acontece diferente do planejado, é concretizado de forma ainda melhor do que imaginamos ser possível.

Chamo a isso de realismo positivo. Tem gente que é otimista e gente que é pessimista. Eu costumo dizer que sou realista. Realista positivo.

Sempre que alguma coisa ruim acontece, existe um bom motivo para isso. Nós é que normalmente não temos a visão total para saber qual é esse bom motivo.

Fabricio Stefani Peruzzo

Vou contar uma história: em agosto fui para São Paulo. Pela primeira vez na vida perdi o vôo. Simplesmente não acordei a tempo, o avião saia as 6h20 acordei as 6h28. Quando começo esta história, já tendo falado em sorte, realismo e coisa e tal, TODAS AS PESSOAS pensam que vou continuar dizendo que houve algum problema no vôo, um acidente, qualquer coisa ruim. Então concluo a história dizendo que acordei com mais calma, tomei o café da manhã com a minha esposa, providenciei nova passagem para as 11h50 e fui para São Paulo. Claro, tive o inconveniente de ter que pagar uma passagem extra, o que nunca é bom. Então subo no avião e encontro um amigo que não via há muito tempo. Conversamos, contamos as novidades, falei que vendi minha empresa de internet e que agora estava dedicado a ajudar as pessoas em finanças pessoais e a adquirir imóveis e construir patrimônio. Não bastasse o fato de ter encontrado um amigo que não via há tempo, ainda vendi uma cota de consórcio de imóvel no próprio vôo. A comissão sobre essa venda foi suficiente para bancar o custo da passagem perdida e ainda ganhar um troco. Então, deixa eu repetir:

Sempre que alguma coisa ruim acontece, existe um bom motivo para isso. Nós é que normalmente não temos a visão total para saber qual é esse bom motivo.

Fabricio Stefani Peruzzo

Temos uma visão muito limitada da vida. O fato é que desde que assumi essa atitude realista positiva, tudo de bom tem acontecido na minha vida. Mas não pense que isso é só papo de pensamento positivo e “outras bobagens”, como costumam pensar os que não acreditam nisso.

Pensamento positivo

O grande segredo do pensamento positivo é realmente muito simples. As pessoas que pensam positivo simplesmente costumam persistir mais quando aparece alguma dificuldade. Outra característica dessas pessoas é que elas possuem uma forte preferência por se relacionar com outras pessoas que pensam da mesma forma. Juntando as duas coisas, temos um grupo de pessoas que trabalha mais, de melhor humor, encarando de frente os problemas que aparecem a sua frente. Não tem como essas pessoas não atingirem o sucesso.

Minha mesa nova, com minha “cadeira ortopédica” debaixo dela. Trabalhar com tudo que é necessário ao alcance das mãos é um grande estímulo à produtividade. Normalmente há pilhas de papéis, cadernos e lembretes espalhados sobre a mesa. Mas arrumei tudo para mostrar como sou organizado 🙂

Trabalhe, pense que o melhor vai acontecer. Enquanto não acontecer, volte ao início deste parágrafo.

Tenho muita sorte. Mas trabalho para isso.

Na foto acima, da minha estante nova, tem uns 400 livros. Li quase todos. Metade deles falam de empreendedorismo, independência financeira, investimentos ou são biografias de grandes empreempredores, milionários e bilionários. Não apenas li, mas estudei todos esses livros. A poltrona, comprei há duas semanas. Foi meu presente de aniversário adiantado. Agora meu estudo é mais confortável 🙂

Hoje é meu aniversário, hoje é meu dia de sorte. Chove em Porto Alegre, de volta ao trabalho.

Boa sorte para você também.

Mudanças no Informativo Moeda Corrente

Estamos melhorando o site, obrigado pela compreensão.
Estamos melhorando o site, obrigado pela compreensão.

Como você pode notar, estou mudando o visual do Informativo Moeda Corrente. Nos próximos dias devo completar as alterações, mas não se preocupe, todo o conteúdo do site permanece no ar. Somente o visual está mudando, com um mecanismo novo que permitirá que o site fique muito melhor.

Obrigado pela compreensão.

Descubra sua vocação

No filme “Rocky”, e vocês vão me ver fazendo analogias a este filme outras vezes, há uma cena onde Rocky pergunta ao Mickey, seu treinador, porque ele ficou tão desapontado consigo ao longo dos anos. Rocky diz:

– Sabe, faz seis anos que venho aqui, e há seis anos você fica implicando comigo. Queria saber porquê.

– Você não quer saber isso.

– Sim, eu quero saber o porquê disso.

– Você quer saber?

– EU QUERO SABER PORQUÊ!

– Ok, vou te contar. Porque você tinha o talento para se tornar um grande lutador. E ao invés disso você se tornou um quebrador de pernas para um agiota picareta qualquer!

– É um meio de vida.

– É um DESPERDÍCIO de vida!

Isto não é nenhuma novidade, apenas um caso típico de não seguir sua vocação. A maioria das pessoas está nesta situação, seja por nunca ter encontrado seu chamado em primeira instância, ou porque perdeu o rumo em algum momento. Mas nada é mais importante do que saber com certeza o que você deve fazer com sua vida. Se você descobrir isto corretamente, então quase todas as outras coisas irão naturalmente aos seus lugares.

Quando você perde a maior parte do seu tempo fazendo a coisa errada, você acha a vida muito difícil, porque você está vivendo a vida de outra pessoa ao invés da sua própria. Porque você não deseja realmente fazer as coisas que faz, você tem dificuldade em se sentir motivado, ou até mesmo a acordar de manhã. Tudo que você acaba fazendo exige muito esforço para obter resultados medíocres. Você está sempre doente, cansado, e com medo de que sua situação possa ficar ainda pior. Você sente ter que fazer o que faz, e isso faz você se sentir miserável mesmo quando não está trabalhando.

Por outro lado, se você segue sua vocação, sua vida é maravilhosa. Concluir as tarefas não exige esforço porque você tem entusiasmo sem limites e um incrível talento para o que você faz. Você não tem problemas em começar os trabalhos porque não não há nada diferente que você gostaria de fazer. Você não precisa escolher entre fazer o que ama ou ganhar dinheiro, porque o mundo dá grande valor ao que você faz. A imensa recompensa que você recebe do seu trabalho se espalha por outras áreas de sua vida e para as pessoas ao redor. Todos tentam imaginar qual é a sua e como eles podem também entrar nessa.

Se encontrar sua vocação é tão importante, então porque quase ninguém faz isso?
Muitas pessoas pensam que sua vocação é ditada por sua faculdade. Você escolheu a faculdade que melhor se adaptava às suas habilidades, e agora você já investiu muito tempo e dinheiro estudando estas coisas, então você deve se manter neste rumo, certo?

Ahnn, não. Certamente há alguns elementos de sua faculdade que lhe caem bem, mas isso não significa necessariamente que você deve abraçar o trabalho óbvio que corresponde a sua formação. De toda forma, não é realista esperar que você decida sobre sua vocação antes de se graduar. Você pode escolher uma rota criativa ao caminha comum de seu campo de atuação, ou até mesmo fazer algo completamente diferente. O que você aprendeu na faculdade pode ou não lhe ajudar diretamente, mas de toda forma, não é realmente por isso que você foi a faculdade. Tenho certeza que o Bill Gates não se arrepende de ter mudado de idéia sobre se tornar um advogado, e algumas coisas que ele aprendeu na faculdade sem dúvida alguma o ajudaram na Microsoft.

Um conselho comum é “faça o que você ama”, mas é um conselho completamente inocente. Você não pode simplesmente pegar alguma coisa que ama e assumir que isso irá se tornar uma carreira viável. Não acredito que haja muito mercado para pessoas que apenas queiram fumar maconha e jogar videogame na casa dos pais. Nem isso iria resultar em uma vida completa, mesmo que isso parece tentador quando se é adolescente. Tudo isso é muito óbvio, o que parece ser o motivo das pessoas ignorarem totalmente este conselho.

Muitas pessoas têm medo da mudança. Você se tornou bom no que faz, e se você mudar agora, terá que dar alguns passos para trás. Bom, talvez. Mas continuar caminhando em frente não irá ajudá-lo muito se você está caminhando para o final da prancha. Se você está caminhando na direção errada, é melhor corrigir o curso agora para poder ir a todo vapor para onde você realmente deseja chegar, ao invés de se direcionar sem esperanças de encontro a um iceberg. Mesmo que você escolha a carreira que parece certa para você naquele momento, o mundo irá mudar, e isso irá apresentar novos desafios e oportunidades que farão você querer mudar as coisas. Meu caso, minha faculdade não oferecia graduação em Internet. Nem em blogs. Muito menos em investimento em consórcios.

Para começar a buscar sua vocação, você precisa fazer uma pequena introspecção. Olhar para dentro de sí mesmo é a melhor forma de descobrir o que você deve fazer de sua vida.

No próximo artigo escreverei sobre uma forma alternativa de encontrar sua vocação que não envolve introspecção.

Onze de setembro

A cada ano lembro deste dia fatídico e fico sem palavras. Então faço passar pela minha mente o filme do que foram meus pensamentos naquele momento. Tudo era absurdo demais para ser verdade, não podia estar acontecendo isso no planeta onde vivo. Mas estava. Fiquei em choque e sem ação, acho que pela primeira vez na vida.

Experiência de choque já havia tido quando minha irmã foi atropelada. Mas era pequeno, então a ação realmente não dependia de mim. Mas desta vez, não, desta vez a ação dependia somente de mim, pelo menos no que me dizia respeito, minhas ações na bolsa. Mas o choque não apenas com as milhares de vidas perdidas mas também a forma como isso aconteceu foi realmente grande demais para que eu tivesse tempo para pensar em coisas pequenas como o dinheiro. Então minhas ações ficaram lá paradas, tempo suficiente para meus R$ 15.800 da época se transformarem em apenas R$ 700 (não é erro de digitação, é setecentos mesmo, não sete mil). Um misto de más escolhas com timing errado e o resultado foi essa pequena tragédia financeira. Na época, era tudo o que tinha, então foi bastante duro. Mas tudo se tornava pequeno ante a tragédia do mundo real.

Como toda experiência ruim deve incluir em si algum aprendizado bom, meu tombo nas ações ajudaram a encontrar alternativas menos instáveis para plantar meu patrimônio. Encontrei minha árvore de dinheiro nos investimentos em consórcio, que tantos artigos escrevi aqui no Moeda Corrente. Mas hoje, não é sobre isso que quero escrever. É sobre outra coisa que agora começo a me dar conta, com muito mais abrangência que minhas pequenas descobertas de investimento.

Foi um ano depois da queda das torres gêmeas que eu tive mais forte essa vontade de escrever o que estava aprendendo sobre educação financeira, mais exatamente dois dias antes da queda completar um ano, em 09/09/2002. E boa parte dessa nova vontade de expressão veio justamente por causa da referida queda e de tudo o que ela representou pessoalmente para mim, tanto em termos emocionais quanto na questão financeira.

Então hoje me dou conta que isso não diz respeito apenas a mim, mas ao planeta como um todo. Assim como meu site, muitos blogueiros nasceram naquele dia. As pessoas que estavam distantes precisavam saber mais do que as agências de notícias tinham condições de oferecer. E junto com essa necessidade de saber mais víamos a necessidade que as pessoas próximas ou não ao evento tinham de se expressar. Dava para sentir a velha internet se abrindo para essas pessoas que tanto tinham a dizer. Tenho certeza de que boa parte do que se tornou nossa internet nestes últimos anos se deve em boa parte à reação que tomamos em relação a eventos tão horríveis naquela trágica manhã de setembro.

Não poderia deixar de fazer o link para o post que me inspirou a escrever este, que me fez “click no cérebro” assim que o li. Clique para ler o texto do Tom Watson.

Promoção de Independência

Mensagem rápida para que ninguém perca esta oportunidade.

A Megacombo está realizando este mês a grande promoção de independência. Saiba mais acessando diretamente o site http://www.megacombo.com.br/.

Se você estava pensando em começar a investir utilizando os consórcios, com certeza irá adorar esta promoção.