Sobre a escrita

Algumas possíveis respostas à pergunta: porque escrevo?

Porque perco tempo escrevendo e tentando ensinar o pouco que sei se não ganho nada com isso? Foi a pergunta que surgiu em minha mente no dia 23/11/2008. Sei a data certa porque foi quando anotei esta pergunta no mesmo caderno onde escrevi há pouco o primeiro rascunho deste texto.

A resposta simples e rápida poderia ser que escrevo para obter fama e fortuna, mas acredito que para isto precisaria levar mais a sério esta atividade, em vez de escrever apenas quando tenho vontade. Poderia ainda dizer que escrevo para ensinar, mas me parece um pouco de pretensão, já que no íntimo sinto que tenho muito a aprender.

Então escrevo para aprender. Ao colocar no papel (sim, costumo escrever em um moleskine usando uma caneta tinteiro) o que já sei, fica faltando apenas o que ainda preciso aprender. Não é bem isso, mas estamos chegando perto, muito perto.

Quando comecei a escrever este texto, não sabia o que escreveria. As idéias vão se encadeando na minha cabeça e, palavra por palavra, vou colocando tudo no papel (a caneta tinteiro é uma Mont Blanc, curioso). Escrevo para aprender, escrevo para pensar.

Ficando somente dentro da minha cabeça as idéias podem se perder. Há muito espaço vazio lá 🙂

Ao colocar meus pensamentos no papel, ou melhor, ao pensar no papel, as idéias tomam forma física. Deixam de ser simples idéias e se tornam palpáveis. Posso não fazer nada com elas, mas estão lá, sempre a me lembrar que existem. As vezes tiro-as do papel e as jogo na rede, como agora. É quando deixam de ser minhas idéias, meus pensamentos, e criam vida própria.

Publicar o que penso e escrevo é uma forma de conversar com quem ainda não conheço. É abrir às minhas idéias e pensamentos a possibilidade de conhecer gente nova. Alguém que pode gostar delas mais do que eu mesmo. Alguém que pode usa-las e crescer. Alguém que pode ajudar outros a crescer. Alguém que pode apresenta-las a outras idéias e juntas se tornarem maiores e mais fortes. Alguém que pode querer me conhecer e assim me contar suas próprias idéias e como elas se relacionam com as minhas.

Por tudo isto, eu escrevo.

Foto: Paul Worthington

Autor: Fabricio S. Peruzzo

Papai investidor, marido, polímata, empreendedor, curioso. Tranquilidade financeira é qualidade de vida.

2 comentários em “Sobre a escrita”

  1. Muito provável que com suas escritas, esta ajundando muitos, assim com eu que estou passando momentos difíceis e tendo que tomar dicisões que nem sempre é bom para as pessoas próximas a mim e tenho que aprender a não reclamar, falar de me meus problemas pra pessoas que não tem nada com isso e não estão dispostas a ouvir, elas ja tem seus proprios problemas….mas enfim, continue escrevendo, é bom demais pra voce e melhor ainda para todos nós.

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