Porque eu defendo o investimento em consórcios

Ontem recebi email de um leitor dos meus sites e artigos. Estava interessado no investimento em consórcios, mas com algumas dúvidas, suscitadas por informações aparentemente contraditórias que leu em uma revista. Reproduzo abaixo o email, sem identificar o autor, e minha resposta para o mesmo. Acredito que esta tenha sido a melhor resposta que poderia dar a todos que tentam buscar algum objetivo obscuro ao fato de eu explicar esse investimento com tanto desprendimento, “oferecendo o ouro ao bandido”.

Sent: Monday, June 29, 2009 9:50 PM
Subject: Investimento em Consórcios

Boa noite,

Estava navegando pela internet, e me deparei com alguns artigos seus. Como tenho bastante interesse em investimentos, entrei no site http://www.investimentoemconsorcio.com.br, onde fiquei muito interessado.

Tenho muitas dúvidas, como muitas pessoas em qual é o investimento mais adequado, etc, etc, e estou lendo e pesquisando bastante, antes de começar um. Como recentemente mudei de emprego, cidade e tive que me sustentar sozinho, não consegui reservar dinheiro para investimentos, mas hoje vejo que é ponto chave para começar um, pois tenho 26 anos, e agora consegui um emprego onde consigo me sustentar e ter uma reserva todo mês.

Li em seus artigos, onde defende que o investimentos em consórcios é bom negócio, que traz bons retornos e tal, gostaria de saber se este consórcio é como outro consórcio imobiliário qualquer, pois andei lendo sobre o consórcio em imóveis, e alegavam que este não era um bom negócio, pela demora em tirar o bem, se não sorteado, etc. Na edição na Você SA deste mês também fala sobre isto.

Gostaria de saber porque defende tanto este investimento em consórcio?

Agradeço.

Oi Diego,

Eu não defendo o investimento em consórcio. Eu invisto pessoalmente em consórcios, da maneira que explico no site http://www.investimentoemconsorcio.com.br

Invisto pessoalmente em consórcios desde abril de 2002. Na época em que a Bovespa teve suas maiores altas, eu investia em consórcios. No final do período de altas da Bovespa, fiz uma planilha comparando os meus pagamentos mensais do consórcio e simulei um investimento em ações (índice Bovespa) com os mesmos valores mensais durante todo o período. Mesmo tendo sido a maior época de alta da Bovespa nas últimas décadas, meus investimentos em consórcio renderam 30% a mais. Isto sem acrescentar nestes cálculos os juros da renda fixa intermediária onde deixava os lucros obtidos com as contemplações das cartas de crédito.

Publiquei aqui no Moeda Corrente, em 2003, um artigo explicando o que fazia, como investia. Este artigo serviu de base para o site explicativo que citei acima. Nos meses seguintes, muita gente se interessou pelo artigo, pelo investimento, e resolveu fazer o mesmo que eu vinha fazendo. Me pediam orientação e eu orientava. Não ganhava nada por isso, mas também não me custava nada. Além do mais, estava fazendo novos amigos com interesses em comum, amigos interessados em investir e fazer crescer seu patrimônio. Amigos que no futuro poderiam ser parceiros em investimentos maiores.

Em 2005, depois de ter indicado dezenas de clientes para a Rodobens, a administradora que cuida dos meus consórcios pessoais, fui convidado por eles a ser representante de seus consórcios. Desta maneira, receberia uma pequena comissão por cada indicação que fizesse. Como ganhar dinheiro sempre é bom, abri uma empresa, a Megacombo, e continuei orientando as pessoas neste investimento da mesma forma que fazia antes. Passei a receber por algo que eu já fazia de graça, o que sempre é legal.

Ao longo destes anos, tenho meus resultados pessoais e também o resultado de muitos desses amigos para ajudar nos exemplos de lucro possíveis que descrevo nos artigos. Não tento convencer ninguém a investir em consórcios, isso é uma decisão pessoal de cada um. O que faço, isso sim, é ser transparente no que faço, é contar meus segredos de investimento sem medo de ser imitado. Vivo em um mundo onde há dinheiro para todos, logo, ajudar outras pessoas a ganhar mais não fará com que eu ganhe menos. Pelo contrário, ajudar outras pessoas a ganhar mais me aproximará de pessoas com os mesmos objetivos que eu, construção de patrimônio para uma vida melhor e um futuro mais seguro. E como já escrevi antes, junto dessas pessoas de pensamento semelhante, surgem oportunidades de investimentos maiores, investimentos que provavelmente não conseguiríamos fazer sozinhos.

Tudo isso deu tão certo para mim, que no início de 2008 vendi minha empresa de internet e passei a dedicar todo meu tempo livre a escrever artigos sobre finanças pessoais, investimentos criativos como são os investimentos em consórcios, artigos sobre atitude empreendedora e pensamento positivo, sempre lembrando que apenas o pensamento positivo não leva a nada se não for seguido de uma ação positiva para chegarmos a um resultado efetivo.

O que outros artigos ou revistas falam sobre os consórcios provavelmente tenha seu lado da verdade, mas falam apenas de algumas situações específicas, bem diferentes das situações que eu descrevo. Se tu me perguntares se o consórcio é uma boa forma de adquirir um imóvel imediatamente, sem ter nenhum valor para dar de entrada, minha resposta será que não, porque realmente não é. Em outras situações, poderia ser. Agora, dizer que consórcio não é investimento, baseado em achismos, simplesmente não me atinge, pois sei, na prática, que funciona e funciona absolutamente bem.

Hoje em dia, acompanho amigos investindo na construção de imóveis, investindo em salas comerciais onde o aluguel paga o restante das prestações de suas cotas de consórcio, amigos que adquiriram a casa própria de maneira muito mais barata do que se tivessem optado por um financiamento, amigos que mudam para um apartamento maior com muita facilidade por usar o consórcio para alavancar a compra do novo usando o valor da venda do antigo como entrada em uma carta já contemplada. Acompanho amigos que se juntam para construir pequenos prédios, que não poderiam atingir se não tivessem sido apresentados por meio desta rede de investidores que se forma ao meu redor.

O investimento em consórcios é apenas a porta de entrada para um mundo muito maior de investimentos, mas como todo caminho, tem um princípio, um aprendizado inicial, uma etapa de preparação para investimentos maiores. Não podemos construir um prédio sem a experiência de construir uma casinha. Há degraus para subirmos na escada dos investimentos com segurança. Ao mesmo tempo, não devemos nos preocupar com esses degraus que devemos subir. Construir e vender uma casa gera um lucro percentualmente semelhante a construir e vender um prédio inteiro. A diferença está na escala de valores, o investidor que constrói um prédio teria que construir centenas de casinhas para dar vazão ao seu capital. Então esta escada que subimos é o processo natural do nosso crescimento como investidores.

Como escrevi no início, não defendo o investimento em consórcios. Eu apenas explico a forma como invisto pessoalmente e os resultados que tenho obtido. Se esta explicação faz sentido para ti, se consegue entendê-la, e se tiver interesse em investir desta maneira, coloco minha experiência à disposição para te ajudar a investir da mesma maneira.

Para iniciar o investimento em consórcios basta seguir as orientações em http://www.megacombo.com.br/como-investir

Abraço,
Fabricio.

Autor: Fabricio S. Peruzzo

Papai investidor, marido, polímata, empreendedor, curioso. Tranquilidade financeira é qualidade de vida.

53 comentários em “Porque eu defendo o investimento em consórcios”

  1. Que coincidência! Li hoje pela manhã seu texto sobre investimento em consórcios. Fui pesquisar mais e achei algumas pessoas falando que não era um bom investimento. Logo, surgiram as mesmas dúvidas. Esse texto me ajudou a esclarecê-las.

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    1. Pois é, Bruno. Nada contra quem ache que esta forma de investimento não seja adequada ao seu perfil, pois sei que pessoas diferentes têm objetivos diferentes. Mas para mim, que quero viver a vida ao máximo mas ao mesmo tempo com responsabilidade e com segurança em relação ao meu futuro, o investimento em consórcios é o que me traz os maiores lucros com a menor dedicação de tempo possível.

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  2. Eu sugiro que as pessoas tomem cuidado ao considerar o investimento em consórcio. Geralmente vendedores ignoram o juros+correção monetária em seus cálculos. Não tem jeito: quem é contemplado por último está pagando juros para quem é contemplado antes. Se você não entende porque, é simples: sendo contemplado no final, você estará pagando por algo que só poderá usar daqui X anos (período em que continuará pagando aluguel, ou PERDENDO o custo de capital do valor aplicado). Quem é contemplado antes se dá bem, pois os infelizes que forem contemplados no final estarão pagando os juros por eles.

    Não adianta vir com papo que todo mundo sai ganhando, alguém tem que pagar a conta.
    Caso tenham alguma dúvida, sugiro que leiam/ouçam comentários de Mauro Halfeld, um analista “de verdade”, conceituado e com boas qualificações.

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    1. Oi Lem0n,

      Algumas pessoas ainda me perguntam porque eu, dono do site, aprovo comentários “negativos” sobre o que escrevo. E eu respondo. Porque me permitem elucidar dúvidas que as pessoas possuem, normalmente por verem as coisas apenas por um ângulo, ou então por não terem as informações completas.

      Quem contempla no final não recebe o mesmo que quem contempla no início. Recebe o valor corrigido no tempo, por um índice que referencia o bem em questão. Quem faz hoje um consórcio de imóvel de R$ 40.000 e contempla só daqui há dez anos, não receberá R$ 40.000, mas sim, o valor referente ao custo de um imóvel que HOJE vale R$ 40.000. Então, se hoje compramos um apartamento de um dormitório sem garagem com este valor, daqui a 10 anos receberíamos um valor que permitiria comprar um imóvel de um dormitório sem garagem.

      Isto vale também para os carros, quem contempla no início, compra um carro e começa a usa-lo. Quem contempla no final, só comprará o carro daqui há alguns anos. Mas quem contempla no início, daqui há alguns anos estará pagando o mesmo que quem contemplou depois, com a diferença que quem contemplou depois estará andando de carro novo e o outro de carro já bastante usado. Ambos, porém, pagarão bem menos do que quem fez um financiamento.

      Mas tudo que disse acima faz referência a apenas UMA das diversas maneiras de usar um consórcio. Há diversas formas de lucrar muito mais com esta FERRAMENTA. Pois é isto que o consórcio é, uma ferramenta financeira. E como toda ferramenta, há formas corretas de usar e formas erradas. Um martelo pode ser usado para cravar um prego na parede ou para martelar os dedos. Um consórcio pode ser usado para fazer uma compra programada ou para gerar lucro de diversas maneiras diferentes. Tudo que é necessário é saber o que se faz. Usar o lance embutido que algumas administradoras de consórcio oferecem, por exemplo, é um passo certo para o prejuízo 🙂

      Não há conta a ser paga, o consórcio é uma “ação entre amigos” onde todos viabilizam a compra de um bem sem precisar pagar juros por isso. Há um pequeno custo extra, na taxa de administração, mas muitas vezes menor do que os juros de qualquer financiamento. Porém mesmo este pode ser anulado através de técnicas diversas, como os lances, por exemplo.

      Sobre o Mauro Halfeld, é um baita cara! Sugiro a leitura dos livros dele, “Investimentos” e “Seu Imóvel”.

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  3. Eu acho que a aprovação de comentários contrários é louvável, porém a não-aprovação (considerando que não estou te ofendendo, nem fazendo nenhuma crítica destrutiva) poderia ser utilizada por mim para mostrar em outros locais (através de screenshots por exemplo) que os textos e comentários são tendenciosos.

    Você citou a valorização dos imóveis, mas a valorização (ou desvalorização, ninguém garante que imóveis nunca vão desvalorizar – como os americanos bem sabem) também ocorreria se você comprasse a vista ou financiado. Em ambos os casos você não só ganha a valorização, como já pode usufruir do bem! Assim que seu financiamento for aprovado (ou assim que você fizer a compra a vista), você já pode ir morar lá (e deixar de pagar aluguel), alugar, construir, reformar, ou fazer o que bem entender. No caso do consórcio nunca se sabe quando isso vai acontecer.
    Mas eu ainda defendo (baseado nas “leis” da economia) que, quem é contemplado por último sai perdendo. Não tem como todo mundo sair ganhando, não sei porque você – aparentemente – nega isso. Não estou falando que alguém tem que PERDER, estou falando em perder COM RELAÇÃO a se tivesse feito um financiamento.
    Você não concorda que, se fosse assim, só ignorantes (no bom sentido) fariam compra através de financiamento?

    Eu proponho um “desafio”. Faça (ou me envie os dados que eu faço) uma tabela com sua estratégia. Considere inflação média, correção monetária e (principalmente) taxa do consórcio. Veja quanto você estará pagando e de quanto precisaria ser a valorização do imóvel para você ter um lucro de mais de 6% a.a. + inflação (estou usando essa taxa como custo de capital pois é o que uma aplicação segura, em renda fixa, paga). Do lado de sua tabela eu faço uma do financiamento e nós podemos ver se realmente todos saem ganhando (eu estimo que mais de 66% das pessoas saem perdendo, comparadas com financiamento, principalmente por causa da taxa de administração… já você estima que são 0%).

    PS: Eu li esses 2 livros e, pelo que me lembro, em nenhum momento ele recomenda consórcio. Nunca vi nenhum texto ou comentário dele recomendando consórcios.

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    1. Oi Lem0n,

      Aprovação ou não, poderia simplesmente não ter comentário algum, assim invalidaria a questão de ser ou não tendencioso, seria uma decisão pura e simples. E atacar ou não uma idéia é liberdade de cada um, atacar pessoas não, como tu mesmo escreveste. Mas não é isto que discutimos.. 🙂

      Sobre a comparação consórcio X financiamento, a matemática é simples: financiamento SEMPRE sai mais caro. Uma amiga me mostrou o financiamento que conseguia com a Caixa, para pegar um apartamento de R$ 240.000. Tinha que dar 20% de entrada, então financiaria apenas R$ 192.000. Teria prestações de pouco mais de R$ 2000 durante trinta anos. Pagaria, no total, mais de R$ 770.000 ao longo de todo o período. Peguei então um consórcio de R$ 200.000, com prestações de R$ 1720 por 150 meses (12,5 anos). Faz o cálculo, mesmo que ela pagasse simultaneamente um aluguel de R$ 2.000 mensais para morar no mesmo patamar do imóvel próprio desde o primeiro dia e fosse a última a contemplar (coisa que não existe, explico isso no artigo http://papodehomem.com.br/porque-o-ltimo-a-ser-contemplado-em-um-consrcio-no-existe/ ), ainda assim ela pagaria apenas R$ 300.000 de aluguel mais os R$ 258.000 do consórcio, ou seja, economizaria mais de R$ 200.000 no final das contas e ainda poderia comprar um imóvel novo, em vez de ter um já com 12 anos. Claro que são situações diferentes e extremas, mas se tu colocares as prestações do financiamento para durarem o mesmo prazo total do consórcio, o valor de cada prestação será MAIOR que a soma do consórcio e do aluguel.

      Inflação, correção monetária, nada disso importa no cálculo, pois incide igualmente em ambos, consórcio e financiamento. Apesar que desdigo o que acabei de escrever, pois no consórcio, temos a correção ocorrendo anualmente e no financiamento, mensalmente, além de que no consórcio ocorre a correção do saldo devedor apenas, já que não há juros, enquanto que no financiamento, o saldo devedor já é acrescido de juros, ocorrendo uma correção também sobre os mesmos.

      Resumidamente e simplificadamente:
      Financiamento: juros de 8% a 12% AO ANO, DURANTE 10 a 30 anos.
      Consórcio: taxa de administração de 20% EM 10 ANOS.

      Faz a tabela sem levar em conta as correções, que como expliquei acima, encareceriam ainda mais o financiamento. Usa como métrica os dados de que em média 68% dos participantes de um consórcio contemplam antes da metade do plano, por consequencia de detalhes de como ocorrem as contemplações por lance.

      Outro fato que confirma minha “tese” é a venda de cartas contempladas com ágio. Supõe uma carta de R$ 100.000, contemplada no sorteio depois de 10 meses, com R$ 8600 já pagos. Essa carta pode ser vendida no mercado tranquilamente por R$ 30.000. Porque alguém pagaria mais de R$ 20.000 de ágio por uma carta dessas? Simplesmente porque mesmo pagando isso, ainda assim os R$ 70.000 que o crédito contemplado alavancam, custarão mais barato do que se fosse feito um financiamento desses R$ 70.000. O comprador da carta contemplada paga menos e o vendedor da carta contemplada ganha um lucro fantástico de mais de 200% em um ano.

      Porém não vem tentar fazer a comparação de guardar dinheiro em poupança ou fundos de investimento em relação à compra com consórcio. Claro que neste caso, em um determinado momento o dinheiro economizado mensalmente mais os rendimentos passarão o valor do crédito corrigido. Mesmo nessa comparação, essa ultrapassagem do consórcio pela poupança ocorre lá pelos 70% do prazo, ou seja, tens que ter consideravelmente mais azar que sorte no prazo da contemplação. Pode acontecer, pode, mas as estatísticas estão a favor de não acontecer. Prefere acreditar no azar ou nas estatísticas? Eu acredito que vai acontecer sempre o melhor, a estatística está do meu lado, minha experiência prática confirma o que a estatística me mostra, com todos esses fatos, como vou investir de maneira diferente? Seria incoerente para mim.

      Não é a toa que TODOS meus investimentos pessoais estão em consórcios atualmente. E mesmo com todas essas estatísticas naturalmente a meu lado, ainda melhoro muito as minhas probabilidades de contemplação com estratégias paralelas. Faço diversas cartas de menor valor em vez de apenas uma carta maior. Uso os lances fixos onde sei que concorro com menos de 10% dos participantes em uma das modalidades. Invisto em cartas específicas, de um plano específico, de uma administradora específica, pois sei que com estas especificidades terei os resultados esperados. Meu modelo NÃO FUNCIONA COM QUALQUER CONSÓRCIO.

      Sobre os livros, no “Seu Imóvel” ele fala em consórcios a partir da página 119. Há erros sobre alguns dados e problemas descritos na época e outras coisas que ele comenta foram sanadas com a entrada em vigor da lei dos consórcios em fevereiro deste ano.

      O problema dos economistas em geral é que são pessoas de pouca imaginação. Vêem um modelo e se atêm a este modelo simples. Não usam o tempo para estudar as diferentes variações do modelo e explorar o que cada variação pode oferecer. Não comentam, por exemplo, sobre os consórcios que possuem meia parcela até a contemplação. Estes, não são interessantes como investimento, mas são excelente opção para quem paga aluguel e deseja partir para a casa própria fugindo dos juros.

      Concluindo, porque se deixar eu escrevo indefinidamente, eu não defendo os consórcios de forma cega. Eu invisto DE UMA MANEIRA ESPECÍFICA, em um plano específico de consórcio testado na prática por CENTENAS de pessoas que acompanhei pessoalmente, além de mim mesmo. Comprovado matematica e estatísticamente.

      E como escrevi neste artigo, o consórcio é apenas a porta de entrada para outros investimentos muito maiores. Pode ser alavancado muito mais do que por sí só. Estou fechando uma parceria que dará vazão a todas as cartas contempladas dos meus clientes, garantindo rentabilidade mensal provavelmente maior que 2%, com garantia em imóveis. E com liquidez em poucos dias para quem prefere lucrar pontualmente e ter o dinheiro originalmente investido em mãos, já que haverá um grupo de investidores focado em rentabilidade mensal para adquirir as posições dos que querem gastar os lucros em qualquer outra coisa.

      Não quero te convencer de nada. Só quero que tu aceites que EU estou convencido disto, que entenda que meu dinheiro cresce de forma muito mais acelerada do que cresceria em outros investimentos mais simples de calcular por envolverem menos dados estatísticos do que o investimento que faço. Que vendo consórcios para quem entende e acredita nisso, por simples consequencia do meu sucesso pessoal, não o inverso. Eu apenas uso os meios de que disponho para descrever o que faço, quem não gosta, que não perca tempo lendo, já que tudo é variação sobre o mesmo tema. Não há porque querer rebater algo que é uma convicção pessoal e um relato de experiência pessoal. Não escrevo o que acho que acontece, relato o que já aconteceu. Não prevejo o futuro, relato o passado e o projeto no futuro.

      Não quero te vender consórcios. A não ser que tu queiras comprar 🙂

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  4. Ok, primeiramente queria deixar claro que estou de cabeça aberta para tentar entender sua lógica e, inclusive, atualmente faço outros investimentos e poderia me “converter” para consórcios se ficar convencido.

    Indo ao que interessa no momento, não vou examinar o exemplo da sua amiga pois não sei o “viés de seleção” do mesmo (por exemplo, você pode ter escolhido – mesmo que inconscientemente, por serem mais chamativos – o melhor dos mundos no consórcio e o pior dos mundos do financiamento, na época), mas eu estaria disposto a pegar duas propostas atuais (uma de consórcio e uma de financiamento) e analisar o resultado esperado delas.

    Mas acho que uma didática legal no momento seria tentar simplificar meu raciocínio:

    Vou supor o que chamerei de “funcionamento simples” de um consórcio, que seria o estilo “grupo de amigos” que você citou: 10 amigos se reunem e, todo mês, pagam R$ 1,00 e sorteiam um que receberá os R$ 10,00 totais. Desta forma, podemos dizer que todos os amigos pagaram R$ 1,00 e, no primeiro mês, o amigo 3 ganhou R$ 10,00. No segundo mês, todos os amigos pagaram R$ 1,00 e o amigo 8 ganhou R$ 10,00. E assim sucessivamente.
    (estou supondo a inexistência – ou já correção – de inflação e sem taxa de administração)

    Você concorda comigo que, com esse funcionamento, metade dos amigos vai ter lucro (pois foram sorteados nos 5 primeiros meses) e metade vai ter prejuízo?

    (Não precisa dizer que seu consórcio não funciona assim, eu já sei que não é assim. Se quiser pode dar só uma resposta de “sim” ou “não” para eu saber qual ponto devo expor primeiro. Se você concordar comigo, já posso avançar bem mais, caso contrário eu provo isso primeiro antes de passar para o ponto que quero fazer.)

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  5. Quero aproveitar e fazer uma outra pergunta antes de continuar com meu raciocínio:
    Você concorda também com o conceito de “custo de capital”? Quero dizer, para você R$ 100,00 vale mais em sua mão hoje do que daqui 10 anos (mesmo que não houvesse inflação)?
    Um exemplo bobo disso seria aluguel… R$ 100.000,00 vale mais para você hoje do que daqui 10 anos porque você poderia comprar sua casa e deixar de pagar aluguel imediatamente ao invés de continuar pagando por todo esse período.

    Concorda?

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    1. Oi Lem0n,

      Notaste que temos dois tópicos de discussão aqui? Um sobre os consórcios e outro sobre meu “poder de moderação”. Essa moderação não afeta a discussão pois estou liberando teus comentários justamente por acreditar que a discussão de idéias é o que gera o crescimento. No entanto, um detalhe disto me incomoda. Não estou discutindo com uma pessoa real, estou discutindo com um apelido que não se compromete. Enquanto tudo o que escrevo aqui, com nome e sobrenome, afeta diretamente na minha vida, tu tens liberdade de escrever o que quiser que isso não afeta tua vida real. Concordo que tu não estás abusando dessa prerrogativa, até porque se estivesse eu poderia simplesmente acabar com a discussão, mas achei importante citar pois é algo que estava me incomodando.

      Voltando ao nosso tópico principal, já respondo sobre teus dois comentários anteriores. Teu raciocínio simplificado é o melhor exemplo. Ele descreve a base do que é um consórcio. Todas as outras variações servem para beneficiar os participantes, então teu exemplo seria equivalente “ao mais simples e pior modelo de consórcio”. Agora que acabo de escrever a frase anterior, me desdigo: o lance embutido, apesar de ser declarado como pró-consorciado, é uma armadilha para cobrar mais taxas de administração. Descontando este último detalhe, continuemos.

      Então seguindo com teu exemplo do funcionamento simples, NÃO CONCORDO que metade dos participantes terá lucro e metade terá prejuízo. O que tu parece querer me provar é OUTRA COISA. E se essa outra coisa é o que estou pensando que é, aí sim concordo contigo. O que penso que tu queres minha aprovação é de que os primeiros a contemplar TERÃO MAIS LUCRO que os últimos. O que concordo. Já concordando, por consequencia, com tua questão do comentário seguinte de que R$ 100.000 hoje são mais valiosos que R$ 100.000 amanhã. Mesmo que não houvesse inflação. O custo do dinheiro no tempo é real, independe da inflação. Ou seja, resumidamente, concordamos, pensamos da mesma maneira em relação ao dinheiro. Se não pensasse desta forma, teria que voltar às aulas de matemática básica ou me matricular em um curso de “bom senso” 🙂

      Concluindo minha discordância sobre os últimos não terem prejuízo, suponho que eles tenham entrado no consórcio por não possuirem os R$ 10 necessários, possuindo apenas a disponibilidade mensal de R$ 1. Assim, formaram seu grupo para permitir a todos adquirirem o bem de R$ 10, dando a chance, por sorteio, de alguns conseguirem isso antes e outros depois. O último a conseguir teve exatamente o mesmo resultado que teria se não tivesse participado deste grupo com os amigos, se dando a chance, ao participar, de eventualmente poder adquirir o bem antes. Não teve prejuízo algum.

      Claro que não levamos em conta neste modelo simplificado um eventual rendimento dos valores depositados mês a mês. Mas um cálculo simples nos mostra que esses depósitos+rendimentos só ultrapassam o valor do dinheiro sem rendimentos depois de 75% do período no caso de rendimentos mensais de 0,5% e somente depois de 62% do período no caso de rendimentos mensais de 1%. Fiz o cálculo disso para 150 meses, numa planilha simples com R$ 1 por mês. Com rendimentos de 1% ao mês teríamos os R$ 150 no mês 93 e com rendimentos de 0,5% ao mês teríamos os R$ 150 no mês 113. Nota que em ambos os casos temos a certeza de ter esse valor em um prazo menor, devido aos rendimentos. Não preciso de provas disso.

      O ponto a que quero chegar é que conhecendo esses números e usando média simples, se fizermos diversos consórcios ao longo de nossa vida obteremos uma média de contemplações próximas aos 50% do período. Isso nos faz chegar ao resultado probabilistico de que fazer os consórcios nos dará o dinheiro para uso antes do que conseguiríamos poupando e investindo.

      —–

      Saindo da matemática e vindo para a vida real, somos pessoas de maus hábitos. Quantos de nós conseguem guardar um valor específico ao longo de 10 anos, todos os meses, sem falhar nenhum? Quantos de nós fará os cálculos para ir corrigindo anualmente esses valores para manter o mesmo poder de compra? Soma a probabilidade maior de ganharmos antes no consórcio do que investindo mensalmente mesmo ignorando o fato de ter colocado valores de correção mensal que não são facilmente obtidos pela maioria dos investimentos passivos, o que tornaria minhas probabilidades ainda mais pró-consórcio do que já são.

      Então saímos dos exemplos simples e passamos aos cálculos mais completos. Nestes, temos que incluir a taxa de administração. Mas temos o offset da mesma com a inclusão dos lances, que coloca dinheiro extra nos grupos e com esse dinheiro extra entrega mais cartas em menos tempo, tornando nossas probabilidades ainda maiores.

      E assim vamos, com o objetivo de ter mais dinheiro disponível, no menor tempo possível, para poder fazer este nos render mais, mais cedo.

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  6. Para mim a discussão sobre a moderação já tinha acabado, mas já que você citou a questão da “pessoa real”, concordo que eu tenho essa “vantagem”. Entretanto, foi você quem escolheu dar a cara a tapa. Você criou um blog, identificou-se, permitiu comentários e capitaliza isso (não estou dizendo que essa é sua principal intenção, embora eu ache que seja, mas você não pode negar que ganha dinheiro com isso e, nesse caso específico, só poderia ganhar dinheiro se identificando (já que as pessoas precisam conhecer você ou sua empresa)). Eu não tenho intenção de ganhar dinheiro com o que digo (por exemplo, poderia se eu estivesse tentando vender um financiamento específico), então não vejo necessidade em me identificar até porque, como você mesmo disse, não estou abusando do anonimato e argumentos anônimos não são (ou não deveriam ser) menos convincentes que argumentos não-anônimos.

    Quanto à discussão, vou dividi-la em comentários “por parágrafo”, considerando o “Concluindo minha discordância (…)” como o parágrafo 1.

    1) a) Nesse parágrafo você começa supondo que os consorciados entraram no consórcio por não possuirem o valor total do prêmio. Não acho que isso seja uma premissa necessária, exceto se você concordar que apenas pessoas quem não possuam o prêmio total do consórcio deveriam entrar no mesmo. Mas pelo que vejo você falando (e dizendo que faz), você considera consórcios também como um INVESTIMENTO. Ou seja, até o Bill Gates poderia/deveria achar interessante investir num consórcio de R$ 50mil, já que ele teria LUCRO com isso.

    b) Agora que está nossa principal discordância: “Não teve prejuízo algum.”
    Eu afirmo que teve um grande prejuizo! Primeiro por conta das taxas do consórcio (no mínimo você precisa concordar que perdeu as taxas cobradas).
    Segundo porque ele ficou com seu dinheiro PARADO (sem liquidez) por 10 meses para apenas tê-lo de volta com a correção da inflação! Mas você já concordou comigo que dinheiro hoje vale mais que dinheiro amanhã (e, por consequência, mais que dinheiro daqui 10 meses).
    E finalmente porque você também não considerou do RISCO desse investimento. Sim, pode dizer que existe regulação, que existem leis, mas não que “não tem risco”. Se você só tivesse R$ 100mil e precisasse guardá-los. Você preferiria deixá-los com a TROLOLÓ CONSÓRCIOS ou com um banco extramamente sólido (estou evitando citar nomes para não ser acusado de propaganda :))? PODE acontecer desvios, roubos, má-fé, etc. e você estará submetendo seu dinheiro a isso, portanto NÃO VALE A PENA correr um risco para NÃO GANHAR NADA A MENOS. Isso tudo podera acontecer no “banco extremamente sólido”, mas é uma questão de probabilidade. Eu prefiro arriscar todo meu dinheiro com chance de 0,0001% de perder do que com chance de 0,001%, por mais insignificantes que elas possam parecer.

    2) Não levamos em conta pois não há rendimento dos valores depositados, já que a idéia é contemplar pessoas com os valores em caixa. Se o consórcio fica mantendo “caixa”, isso não é o ideal. Além disso, você poderia obter rendimentos melhores (já que não tem taxas do consórcio) se guardasse o dinheiro por conta própria no mesmo tipo de aplicação.

    3) Se ao invés de fazer um consórcio você fizer 100 consórcios, você, na média, será contemplado sempre “na metade”. E é ai que eu quero chegar. Metade tem lucro, metade tem prejuízo (na minha definição de prejuízo, considerando risco e custo de capital). Quem tá no “meio” não teria lucro nem prejuízo FINANCEIRO, porém terá por conta do tópico 1 (resumidamente: TAXAS, falta de liquidez e risco).

    4 em diante) Ok, você pode argumentar isso, que também é um argumento de vendedor de planos de previdência. Mas você também tem que considerar que pode acontecer problemas com a pessoa (perder emprego por exemplo) e ela não conseguir mais pagar o consórcio. Nesse caso eu não sei qual é a “punição” mais comum, mas acho provável que haja alguma. De qualquer forma, mesmo que não houver, estou analisando consórcios racionalmente, matematicamente e financeiramente. Análises psicológicas não são minha praia.

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    1. Lem0n,

      Com certeza escolhi “dar a cara a tapa” por vontade própria. Sobre ganhar dinheiro com isso, é verdade, mas isso é bem mais recente que a existência do site como forma de troca de idéias, e pessoalmente, prefiro a troca de idéias com quem se identifica, ou no meu caso, expor as mesmas com os leitores sabendo quem está falando. Não invalida tua participação, respeitosa e que traz argumentos bem formados, mas deixa a informação incompleta por não dar subsídios para analisar tuas qualificações pessoais, sabemos apenas o que é dito. Por exemplo, leria com muito mais atenção um argumento sobre ações escrito pelo Warren Buffet do que um escrito pelo presidente Lula. Mas dou por concluída esta questão, a não ser que tenhas algo extra a acrescentar, já que ambos concordamos que os argumentos são convincentes.

      Sobre os consórcios, termino por aqui também a questão. Como escrevi antes, não tenho a intenção de mudar as tuas convicções. Nem irei mudar as minhas por conta da tua argumentação, já que tal argumentação não faz nenhum sentido para mim, nem matemática, nem estatística, nem financeira, nem filosóficamente. Concordo que tu possas pensar desta maneira, que possas calcular desta maneira, que possas pensar desta maneira. Mas tua OPINIÃO nunca valerá mais PARA MIM, do que minha EXPERIÊNCIA PRÁTICA. Eu invisto desta maneira desde 2002 e vejo meu dinheiro crescer desde então. Eu comparo o que teria ganho em outras aplicações mais tradicionais de tempos em tempos e os números dos consórcios ganham sempre.

      Sim, concordo contigo que na pior das situações, contando as taxas de consórcio e as estatísticas e tudo o mais de uma aquisição simples, pode-se perder dinheiro em relação a um investimento mais tradicional como a poupança ou renda fixa, mas da maneira que invisto, no longo prazo, com várias cartas ao longo do tempo, eu ganho mais.

      No segundo parágrafo, quando tu dizes que fiquei com o dinheiro parado por 10 meses no exemplo, fala apenas do caso do último, sem levar em conta o caso de todos os outros que puderam usar o dinheiro antes, um dinheiro de que não disporiam se não fosse o consórcio, um dinheiro que pôde ser usado para gerar mais dinheiro. E isso vale mesmo para quem tem dinheiro sobrando, pois alavancamos o valor que alocamos a este fim, o dinheiro que está em outras aplicações não interessa ao nosso cálculo.

      No terceiro parágrafo tu falas que quem está no meio não terá lucros nem prejuízos financeiros. Eu digo que terá lucro, pois o dinheiro investido em outras aplicações só chegaria ao valor pretendido depois de vários meses extras, enquanto o dinheiro do consórcio estaria disponível para uso neste momento médio prévio. O que tu chamas de taxas, eu chamo de custo do investimento, que só vale a pena ser pago se for menor que os lucros gerados pelo mesmo, e são, pois se fossem maiores meu patrimônio estaria diminuindo, não aumentando. O que tu chamas de falta de liquidez, eu chamo de foco no investimento, não invisto nisso a reserva líquida que tenho para emergências. E por reserva de emergências, no meu caso, pode contar três anos inteiros do meu custo de vida atual. Finalmente o que tu chamas de risco, entre deixar teu dinheiro com uma administradora de consórcios ou um banco, o risco é exatamente o oposto. O banco pode fazer o que quiser com teu dinheiro, inclusive o que fizeram os bancos americanos que quebraram recentemente. Já a administradora de consórcios, não pode usar o dinheiro indiscriminadamente para o que quiser, o saldo de cada grupo fica depositado em uma conta vinculada ao grupo, fiscalizada pelo Banco Central. A administradora tem acesso limitado a este dinheiro. O teu cálculo de probabilidades desses riscos é baseado nas tuas convicções pessoais, o meu, nas minhas. Eu confio mais na administradora de consórcios do que na maioria das corretoras de valores que operam no país. O acesso que a administradora de consórcios tem em relação ao meu dinheiro é muito mais limitado do que o de um corretor de valores tem no dinheiro que tu deixa na corretora para ser aplicado. Ou dos papéis que um fundo qualquer pode comprar. Meu capital está garantido pelos imóveis adquiridos com os créditos entregues.

      Não há “punição” para quem deixa de pagar o consórcio. O consórcio é um grupo formado para que todos adquiram um bem sem pagar juros. Quem sai fora antes de receber tem que aguardar “seu sorteio” para reaver seu dinheiro, corrigido. Não é líquido, não, mas também não penaliza os que assinaram um contrato e o estão cumprindo.

      Finalmente as análises psicológicas: vivemos entre pessoas, tudo que diz respeito a elas e suas atitudes nos dizem respeito e nos afeta diretamente. Há milhares de “investidores” da bolsa que operam em cima destes conhecimentos, a análise técnica é somente isto, a análise das atitudes e comportamentos das massas, das movimentações das cotações independente de quanto valha a empresa negociada. Tirar a mentalidade das pessoas de uma análise significa deixar de fora um dos pontos mais importantes de toda a análise. Uns são mais racionais, outros mais emocionais. Uns se acham racionais e são emocionais, outros se acham emocionais e na verdade são racionais. O mundo é um caos, temos que considerar todos os fatores e mesmo assim nunca teremos certeza de nada.

      Por isso invisto em consórcios e tu não. Porque pensamos diferente sobre o assunto e nossas diferenças não são matemáticas nem financeiras, são psicológicas, são de crenças pessoais, são de definições diferentes do que é arriscado e do que não é.

      Abraço.

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  7. Primeiramente, não tenho qualificações “financeiras” (e nem conheço as suas). Se ajudar em algo, sou formado em ciências da computação, tenho uma empresa, já li diversos livros de investimentos e faço alguns.

    Você “encerrou a discussão” dizendo que minha OPINIÃO não vale mais para você do que sua experiência, mas a qual OPINIÃO você se refere? Eu estou dando argumentos baseados em conceitos financeiros reconhecidos (por você, inclusive, já que tomei o cuidado de perguntar antes de tomá-los como premissa), e não em opiniões próprias. Se fosse uma discussão de opinião (“eu acho azul mais bonito que verde”) eu nem teria começado.

    Vou comentar só alguns tópicos por cima para chegar onde realmente eu queria desde o início. Se você quiser “encerrar a discussão” não precisa respondê-los.

    1) Não vou comentar “experiências próprias” pois não são verificáveis facilmente e nem acredito que você tenha consistentemente guardado todos os dados necessários para comparar diversos investimentos feito em consórcios com outros tipos de investimentos da mesma época.

    2) Ok, você já concordou comigo que “na pior das situações” pode-se perder dinheiro. Já é um bom começo, já que antes você estava defendendo que até o último não perderia.

    3) Sim, falei do último pois quis te convencer que PELO MENOS o último perde dinheiro. Esse mesmo raciocínio pode ser facilmente extrapolado para todos os “depois da metade”. Por que você acharia que SOMENTE o último perde? O penúltimo também perde, o antepenúltimo também… somente o do meio não ganha nem perde (exceto pelo que falei antes) e os anteriores ganham (exceto que, considerando-se o que falei antes, provavelmente apenas os 30 ou 40% primeiros realmente ganham).

    4) Sim, quem está no meio não terá nem lucro nem prejuízos pois, apesar de “ter o dinheiro pretendido”, usando aquele exemplo simplificado anterior:
    quem está no meio* pagou R$ 5,00 até chegar em sua vez de ser sorteado, recebeu R$ 10,00 (lucro de R$ 5,00) e terá que pagar mais R$ 5,00 nas próximas parcelas. Ele ficou 5 meses pagando sem ter nenhum dinheiro para ganhar R$ 10,00 e depois continuar pagando R$ 5,00. Não sei como você pode ver lucro nesse caso. De fato ele “alavancou” seu capital, mas (aqui vem o PONTO MAIS IMPORTANTE da minha argumentação) ELE PAGOU JUROS PARA ISSO (como teria feito numa aplicação financeira convencional). O juros que ele pagou foi em forma de TEMPO, e não em forma de DINHEIRO. E é isso que parece que você não aceita (embora tenha aceitado que dinheiro perde valor no tempo – R$ 100,00 hoje vale mais do que R$ 100,00 amanhã).
    * estou supondo que haja um “meio” (como seria o caso de ter 11 pessoas ao invés de 10, caso contrário ninguém “empata”: metade ganha e metade perde)

    Vou defender isso usando o próprio exemplo simplificado e uma noção matemática básica.
    Vou supor (pelo que você indicou) que você concorda comigo que, do exemplo dos 10 amigos que dei antes, os 5 primeiros a serem sorteados GANHAM.
    Ótimo, com isso eu também concordo.
    Porém você está dizendo que o SEXTO AMIGO TAMBÉM GANHA. Isso é matematicamente impossível, já que não existe uma fonte externa de dinheiro e os ganhos são “simétricos” (seria possível 9 amigos ganharem se o décimo perdesse tudo, por exemplo, mas não é o caso). Não tem como os 10 amigos ganharem. O lucro do primeiro é o prejuízo do último, o lucro do segundo é o prejuízo do penúltimo, etc.

    É exatamente assim que consórcio funciona. E eu não tenho nada contra esse tipo de investimento quando a pessoa está ciente disso (e, principalmente, ciente de que o consórcio ilustrado por mim não tem taxa de administração, enquanto um consórcio real tem e, portanto, MENOS DA METADE DOS PARTICIPANTES LUCRAM).

    Se você acredita que o sexto não tem prejuízo, como você pode acreditar que o quarto teve lucro? Qual o lucro do quarto (que, aplicando o mesmo conceito inversamente, não é prejuízo para o sexto)?

    Sem querer ser arrogante, eu acho que dei um cheque-mate na discussão, mas ainda estou (sempre estou) de cabeça aberta para uma refutação lógica.

    PS1: passando rápido por alguns pontos que você falou:
    a) Nenhum banco no Brasil pode fazer “o que quiser” com seu dinheiro (ou você acha que o Banco Central só cuida de administradoras de consórcio? Há inclusive o Fundo Garantidor de Crédito para bancos e não para consórcios). Você também deve saber que “sua administradora de consórcios preferida” também investe parte do dinheiro em bancos, logo, quem investe nela, além do risco do banco, tem o risco da administradora.
    b) Se não há “punição” para quem deixa de pagar o consórcio, não é um compromisso já que você pode parar “quando quiser”. É somente um compromisso psicológico, da mesma forma que seria se você decidisse por conta investir dinheiro todo mês e não conseguisse algum mês.
    c) Por favor, pare com o “sem pagar juros”. Até aceito “sem pagar juros em forma de dinheiro, mas sim com tempo”.
    d) Só estou dizendo que NÃO QUERO (pois não tenho qualificações ou conhecimento para isso) discutir questões psicológicas; não estou dizendo que elas não são importantes. Em outras palavras, se seu único argumento para contratar um consórcio forem questões psicológicas (e não matemáticas e financeiras como você está citando), eu saio da discussão. Mas enquanto você apresentar questões matemáticas e financeiras eu gostaria de entendê-las e discuti-las.

    PS2: vou ficar muito decepcionado se você não autorizar essa resposta, já que aceitou entrar na discussão (aceitando e respondendo questões anteriores).

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    1. Empatamos em qualificações “financeiras”, tenho a formação em computação, já tive diversas empresas e já li centenas de livros de investimentos. Na verdade eu ganho, meu pai é economista 🙂

      Falando sério agora, encerrei a discussão pois estamos falando de coisas diferentes. Tu estás tratando de consórcios em geral, eu, de uma administradora específica, de um plano específico, com detalhes de funcionamento específicos, com cuidados de em que momento fazer qual tipo de lance. Todos esses detalhes jogam as probabilidades para uma contemplação mais cedo, que como tu mesmo aceitaste, gera lucro (ok, se for cedo o suficiente para fazer offset das taxas). E faço isso de forma recorrente, não faço apenas um, mas um atrás do outro. No meu caso pessoal, é ainda mais, são dezenas simultaneamente, multiplicando as chances de contemplação cedo e minimizando as chances de contemplação tardia. Em sete anos de consórcio, com mais de 25 cartas já adquiridas, somente duas chegaram no meio do período. TODAS as outras foram contempladas antes.

      Para tuas questões:

      1) experiências próprias: tenho todos os valores que paguei e todos os valores de venda nos meses de contemplação. Simplesmente comparei meus lucros pessoais com o crescimento da Bovespa mês a mês, informação disponível no site deles. Ganhei em 30% calculando entre 2002 e 2007, na maior alta que a Bovespa já teve.

      2) no consórcio, pode-se perder dinheiro. Da forma como invisto, não. Olhando o investimento durante um ou dois anos, sim. Olhando no periodo total, não. Fazendo apenas uma carta e caindo nos 30% azarados que contemplam depois da metade, sim, estando nos 70% dos sortudos ou fazendo mais de uma carta para aumentar tuas probabilidades de estar no time dos sortudos, não. Estamos tratando de conceitos diferentes.

      3) Na definição simplista do consórcio, concordo contigo. Já concordei que o tempo cobra juros, não sou louco para dizer que não. Mas com o funcionamento dos planos onde invisto, em que 68% das cartas são entregues antes da metade do plano, temos uma parcela bastante maior de pessoas lucrando, em comparação com as que “perdem”. Ao mesmo tempo que jogamos para o início as probabilidades a medida em que fazemos mais cartas. Isso é probabilidade básica.

      4) aceito que o cara que contempla no meio pagou juros de tempo para “empatar/perder” estando no meio. Mas ele também conseguiu o dinheiro extra neste tempo médio e com esse extra, ele alavanca mais lucros do que o que perdeu com o tempo.

      O que parece não ter ficado claro são os conceitos de tempo entre nós. Eu sei que se ficar guardando dinheiro no tempo apenas recebendo ele corrigido e ainda por cima pagando taxas para ter esse dinheiro guardado para mim, perderei dinheiro com os juros não ganhos ao longo do tempo. Tu estás tentando me provar algo que eu já concordei.

      O que quero explicar, e portanto podemos deixar para trás todos os outros parágrafos, é que da maneira que invisto a maior parte das cartas contempla antes e com isso, aquele offset de metade do plano cai para, em média, 30% do plano. O que estou dizendo com todas as letras é que em média, contemplo minhas cartas num prazo de 30% do plano de consórcio, logo, pago o crédito por um tempo mas o recebo com tempo de folga para lucrar sobre o valor total que não teria se apenas guardasse mês a mês. E devido a necessidade de crédito barato no país, ao contemplar nestes prazos, o lucro que consigo com apenas uma carta contemplada é suficiente para compensar outras três ou quatro cartas que fossem pagas por mais tempo.

      Dos pontos no PS1:
      a) risco depende de quem vê, cada um estima o seu, concordamos.
      b) não há punição EXTRA, mas como eu escrevi, o dinheiro fica preso até ser sorteado. Pode parar quando quiser, mas há uma punição por quebra de contrato, que é esta espera para receber o dinheiro pago de volta.
      c) sim.
      d) não são o único argumento, mas é um argumento relevante, o que já concordamos.

      PS2: eu discuto para crescer. Tua argumentação é correta, tu foca nos conceitos e não nas pessoas, não há motivo para não continuarmos. E fazendo isso aqui, em vez de por email, mais pessoas poderão pesar os prós e contras, para si mesmas, desta argumentação. Não há vencidos, apenas vencedores.

      —–

      Cortando todo o resto que concordamos, vamos então ao ponto que parece aberto ainda, repito o parágrafo:

      O que quero explicar, e portanto podemos deixar para trás todos os outros parágrafos, é que da maneira que invisto a maior parte das cartas contempla antes e com isso, aquele offset de metade do plano cai para, em média, 30% do plano. O que estou dizendo com todas as letras é que em média, contemplo minhas cartas num prazo de 30% do plano de consórcio, logo, pago o crédito por um tempo mas o recebo com tempo de folga para lucrar sobre o valor total que não teria se apenas guardasse mês a mês. E devido a necessidade de crédito barato no país, ao contemplar nestes prazos, o lucro que consigo com apenas uma carta contemplada é suficiente para compensar outras três ou quatro cartas que fossem pagas por mais tempo. E mesmo essas cartas contempladas depois, ainda assim geram lucro suficiente para equivaler ao de uma aplicação em renda fixa.

      Concorda comigo que, nestas condições acima, ganhamos dinheiro?

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  8. Oi Fabrício, fico feliz que você decidiu continuar o debate 🙂

    Também acho que está sendo instrutivo e pode tirar dúvidas de mais gente. Dependendo de como continuar essa discussão, você tem também a opção de divulgá-la em seu site, ou fazer um resumo da mesma, para as pessoas que tenham dúvidas similares.

    Bom, vou tentar fazer um resumo de onde chegamos até agora com relação ao CONSÓRCIO SIMPLIFICADO (e depois parto para o consórcio como você propõe):

    1) Você concordou comigo que o último a ser contemplado PERDE.
    2) Você concordou comigo que todos os contemplados após a metade, PERDEM. Porém você acha que
    a) ainda vale a pena pois “alavanca mais lucros do que ele perdeu com o tempo”
    3) Você concordou que existe risco no investimento em consórcios, porém você acha que
    a) o risco pode ser menor que o investimento em bancos de primeira linha.
    b) cada pessoa que estima o risco do banco.

    Meus comentários:
    1) Correto.
    2) a) Os investimentos devem ser analisados individualmente. Quando você for considerar o que fazer com esse dinheiro que acabou de receber do consórcio, você não pode se esquecer que ainda tem uma dívida com o consórcio (portanto você ganhou apenas o juros, e não o DINHEIRO) e que novos investimentos devem ser analisados independentemente.
    3) a e b) Eu já contra-argumentei dizendo que consórcios também fazem investimento em bancos, portanto ALÉM do risco do banco, você tem o risco do consórcio. Considerando que o risco do consórcio seja maior ou igual a zero (o que é óbvio), não tem como o risco do consórcio ser MENOR que o risco do banco. Além disso, outro fator muito importante que citei é o Fundo Garantidor de Crédito. Você só vai perder dinheiro investindo em QUALQUER banco (nem precisa ser de primeira linha) caso se trate de mais de R$ 60.000,00 E o “tesouro do Brasil” (e não somente o banco) quebre.

    O que fiquei feliz foi que você concordou que os contemplados após a metade perde. Caso ainda tenha ficado alguma dúvida sobre esse ponto, vou elucidar melhor nessa nova forma de argumentação:

    A partir de agora, vou considerar um mundo sem inflação (que também se aplica ao mundo real já que basta praticar a correção pelo índice convencionado de inflação) e que o dinheiro PRINCIPAL pago para o consórcio (que depois será recebido) é IRRELEVANTE para as contas.
    Por que o dinheiro principal é irrelevante? Simples. Porque TODOS os consorciados vão pagar N parcelas de um valor X e, no final, vão receber N*(X-Y%), onde Y% é a taxa do consórcio.
    Então o que varia entre eles? O que o primeiro ganha que o último perde? O TEMPO (que pode ser convertido em valores pelo conceito de “custo de capital”).

    Analisando somente o TEMPO no “consórcio simples”, ocorre o seguinte para quem é sorteado em sexto lugar num consórcio SEM TAXA DE CONSÓRCIO com 10 meses para pagamento:
    mês 1) perdeu o custo do capital de 1*X
    mês 2) perdeu o custo do capital de 2*X (o X que tinha dado antes + o X que deu agora)
    mês 3) perdeu o custo do capital de 3*X
    mês 4) perdeu o custo do capital de 4*X
    mês 5) perdeu o custo do capital de 5*X
    mês 6) perdeu o custo do capital de 6*X / ganhou custo de capital de 10*X
    (aqui ele recebeu 10*X, mas isso não é relevante (já que também não estou levando em consideração o quanto ele está pagando e no final isso vai se anular: 10*X – 10*X = 0), o que é relevante é o custo de capital desses 10*X)
    mês 7) perdeu o custo do capital de 7*X / ganhou custo de capital de 10*X
    mês 8) perdeu o custo do capital de 8*X / ganhou custo de capital de 10*X
    mês 9) perdeu o custo do capital de 9*X / ganhou custo de capital de 10*X
    mês 10) perdeu o custo do capital de 10*X / ganhou custo de capital de 10*X

    Conclusão: do mês 1 ao mês 5, o indivíduo perdeu (1+2+3+4+5)*CX = 15*CX (se você considera seu custo de capital como 2% ao mês, por exemplo, adote C como sendo 0,02).
    No mês 6, ele ganhou (10-6)*CX = 4*CX, no mês 7, (10-7)*CX = 3*CX… portanto do mês 6 ou mês 10, ele ganhou: (4+3+2+1+0)*CX = 10*CX

    Finalmente, posso concluir MATEMATICAMENTE que, quem foi sorteado em sexto lugar PERDEU 10*CX – 15*CX = -5*CX. (Além, é claro, da taxa do consórcio)

    Agora posso finalmente ir ao “consórcio complexo”, no qual existem outros fatores e artimanhas.

    Vamos partir de algumas premissas:
    1) O consórcio é um “sistema financeiro fechado”. Não entra dinheiro externo relevante nele, apenas correção de inflação.
    2) Você concorda comigo que, no consórcio simples, metade ganhe e metade perde.

    Ok, como podemos então partir de um consórcio simples para um consórcio complexo em que mais da metade das pessoas ganhe?
    Só tem uma forma: extraindo mais “dinheiro” (custo de capital) dos últimos para dar aos primeiros.
    Afinal, concordamos que é um sistema fechado, que todos pagam o mesmo valor (N*X) e recebem o mesmo valor (N*(X-Y%)). Então, se a única variável é o TEMPO (= custo de capital), a única forma do sorteado em METADE+1 ganhar é se os sorteados depois perderem MAIS custo de capital.
    Mas, supondo que mesmo quem é sorteado em último recebe seu dinheiro integral (menos a taxa de consórcio) dentro do prazo de pagamento de parcelas, isso NÃO É MATEMATICAMENTE POSSÍVEL.

    Veja bem, não estou dizendo que é impossível que isso aconteça (por exemplo, em um caso extremo poderia acontecer de 70% das pessoas ganharem se os 30% últimos perdessem tudo). O que estou dizendo é que, dentro das premissas estabelecidas no consórcio (que todos vão receber o mesmo dinheiro, sendo a única variável o tempo), isso NÃO É POSSÍVEL.
    O dinheiro (tempo / custo de capital) tem que SAIR DE ALGUM LUGAR. Então eu concluo com a frase que terminei minha primeira resposta: Alguém tem que pagar a conta.

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    1. Oi Lem0n,

      Muitos cálculos que não vou comentar extensamente. De forma resumida, concordo com teus cálculos.

      Pulando então para o final, que é tua conclusão e é o que interessa:

      O erro no final da tua lógica é tentar achar o “cara que perde” no final, quando ele está no início 🙂

      O dinheiro que beneficia os que tem a paciência de esperar pela contemplação, sabendo que ela ocorrerá estatisticamente antes, vem dos que não possuem essa paciência, ofertando lances que adiantam prestações. Com estes adiantamentos o grupo possui saldo para contemplar mais gente do que o previsto apenas com o pagamento mensal de todos, entregando mais contemplações em menos tempo. Por isso que ninguém fica para o final em um consórcio, todos recebem a contemplação antes do final.

      O custo para os que ofertam lance, ainda assim é válido, pois recebem o dinheiro antes. As taxas que estes pagam, no entanto, apesar de nominalmente serem a mesma de todos os outros, na prática é maior, porque como tu mesmo disseste, eles pagam a mesma taxa antes dos outros, não diluem ela no tempo.

      O segredo de lucrar então se resume a ter paciência e usar a estatística a nosso favor, ou a ofertar lances que não ultrapassem o custo do dinheiro que definimos previamente para lucrarmos com o valor total em outro investimento alavancado pelo consórcio.

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  9. Grande Fabricio. Recebi seu e-mail e resolvi passar por aqui para dar uma olhada e me deparo com o dialogo acima que por sinal, bem interessante!!

    Mas vou dizer uma coisa… vocês tem tempo demais sobrando para escrever tanta coisa……

    Lemon, posso dizer que você é um grande desconhecedor. Primeiramente, antes de dizer algo, não estou aqui defendendo ninguém, mas posso te dizer que os consórcios foram feitos para os pobres, mas pobre infelizmente não pode ter, pois a falta de conhecimento não lhe permite ver todas as possibilidades que os consórcios oferecem. Pense nisso!

    Eu chego a pagar ágio de até 10.000,00 por uma carta contemplada de 40.000,00 e não vejo nenhum problema, pois meus imóveis pagam as cartas e no final, acabo comprando um imóvel por 10.000,00 e não por 40.000,00. Se tenho 40.000,00, compro 4 imóveis ao invés de comprar apenas 1.

    Já ouvi muitos dizendo que imóveis é um mal investimento e que a renda fixa rende mais. Se esta pessoa parar para pensar, ela(e) irá ver que renda fixa SÓ rende, mas NÃO valoriza. Já os imóveis, rendem dividendos mensais com os alugueis e ainda valorizam com o tempo. O mesmo acontece com ações, rendem dividendos e valorizam, embora o verdadeiro investidor busque sempre a remuneração do seu capital e não está preocupado com valorizações aléias e voláteis.

    Todos dizem que Warren Buffer ficou milionário investindo em ações, mas sinceramente, ele fez o seguinte.. Criou uma empresa, recebia taxa de administração e com esta taxa de administração comprava mais ações. Entrou em uma bola de neve que acabou levando-o ao topo. Você reparou que nenhum cliente da empresa dele ficou milionário, embora no início, certamente tinham mais dinheiro do que Buffer??

    Não sou nenhum Warren Buffer, mas proporcionalmente, ganhei muito dinheiro nos últimos anos na bolsa (Quem não ganhou?). Se eu tivesse a possibilidade de colocar mensalmente mais uns 50.000,00 em ações nos últimos anos, provavelmente também seria um dos homens mais ricos deste país.

    Acredito que o único erro do Fabricio, e já falei isso pessoalmente a ele, é pensar que o consórcio é o melhor/único investimento. Mesmo o consórcio sendo um bom investimento, tudo depende de um ciclo.

    Não há o melhor investimento. Devemos ter todos e ir ampliando conforme o aumento de capital/patrimônio, inclusive investindo em um mesmo segmento, exemplo Renda Fixa, em diferentes instituições.

    Abraço a todos e espero ter contribuído.

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    1. JC,

      Com essa argumentação simples e rasteira perde a graça, já matou a charada 🙂

      E também já te disse pessoalmente que concordo contigo, não acho que o consórcio seja o único/melhor investimento, só acho que é o melhor investimento inicial, no momento, para quem já tem uma reserva de emergência e também para quem não tem uma 🙂

      Para quem tem a reserva de emergência é óbvio, por ser a porta de entrada no investimento em imóveis, em todos os setores onde os imóveis estejam envolvidos.

      Para quem não tem reserva de emergência não é óbvio, mas é simples. Quem não tem um dinheiro guardado, não importa a idade, é porque não tem a disciplina/hábito para isso. E o consórcio ajuda a formar este hábito. Então depois de uns meses pagando o consórcio, fica mais fácil direcionar um extra para a reserva de emergência que todos deveriam ter.

      Ok, lá vou eu de novo falando só dos consórcios… Mas como sempre digo, não são os consórcios, são os negócios onde eles são aplicados logo depois…

      Abração.

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  10. Ok, então tenho uma outra dúvida.

    Por exemplo, digamos que eu faça um investimento, para o longo prazo, em tesouro direto. Eu só preciso acreditar que o país não vai quebrar para poder calcular a rentabilidade exata que vou ter.

    Se eu fizer um investimento em PETR4, só preciso acreditar que vai estar valendo 15% mais daqui 1 ano para eu calcular minha rentabilidade (nem sempre o que eu acredito vai realmente acontecer, então ai entra um cálculo de risco).

    Para eu poder calcular qual vai ser minha rentabilidade na compra de um consórcio, em que eu preciso acreditar? Note que eu quero investir SOMENTE para ter lucro no longo prazo… estou considerando que já tenho o dinheiro total do consórcio em mãos mas estou procurando fazer esse dinheiro RENDER (da mesma forma que você disse ter feito, batendo o IBOV) através do consórcio.

    Pelo que eu entendi, eu tenho que acreditar que vai ter gente “burra” (apressada/desesperada, que provavelmente deveria ter feito um financiamento ao invés de entrar num consórcio) o suficiente para dar lances mais altos do que deveriam no começo. E que a “multa” que eles vão estar pagando em cima do valor real vai compensar a taxa da administradora e, além disso, vai compensar a rentabilidade que desejo. Ou então devo acreditar que ninguém vai dar lance mais alto que meu custo de capital (mais a rentabilidade que desejo e a taxa da administradora).

    Se for isso, existe algum lugar onde eu posso pegar tabelas de como ocorreu em consórcios anteriores ou o único jeito seria eu me meter neles para aprender?

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    1. Lem0n,

      Desculpa, mas desta vez acabo a minha argumentação. Vivemos em mundos diferentes. Eu vivo num mundo onde há dinheiro em abundância e onde negócios e investimentos CRIAM capital novo. Tu vives em um mundo onde o dinheiro é escasso.

      Não há gente burra/apressada/desesperada que provavelmente deveria ter feito um financiamento. Há gente que opta por dar lance no consórcio, porque mesmo adiantando boa parte da taxa de administração e com isso tendo um custo financeiro maior do que as pessoas que esperam por sua contemplação pelo sorteio, ainda assim conseguem usar esse crédito em algum bom negócio/investimento alavancado que recupera esse custo extra. Que diga-se de passagem, é muito menor do que seria o custo do financiamento.

      Infelizmente não há um local onde tu possas buscar essas informações de como foram as contemplações. Tenho meus números pessoais e tenho o acompanhamento dos meus clientes que me serve de base para tudo que escrevo. Posso indicar algumas coisas em cima do que observo, mas não vou divulgar dados específicos de nenhum cliente, nem declarar publicamente todos os meus investimentos. Quanto tenho/ganho diz respeito somente a mim.

      Por fim, sim, o melhor jeito de observar esses resultados é investindo em consórcios. Além dos números, tu ainda ganhas o lucro no final 🙂

      Abraço.

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  11. JC, você está cometendo 2 erros muito comuns:
    1) Assumir que o preço dos imóveis “sempre sobe”;
    2) Operar alavancado (coisa que Buffet, já que você quis falar dele, é contra);
    3) Matemática. Se você discordar de algo que eu falei, conteste as contas que fiz. Falar “você é um grande desconhecedor” não prova nada, somente que você não teve capacidade matemática e lógica de me contrariar.

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  12. “Eu vivo num mundo onde há dinheiro em abundância e onde negócios e investimentos CRIAM capital novo. Tu vives em um mundo onde o dinheiro é escasso.”

    Não, eu acho que vivemos em mundos parecidos. Como eu disse antes, eu não quero consórcio para ganhar o imóvel (se quisesse, compraria a vista, provavelmente com um bom desconto), quero consórcio para conseguir rentabilidade. Eu estou tentando o mesmo que você, só estou duvidando (e mostrei matematicamente porque eu duvido, não é nada pessoal) que isso realmente funcione.
    Para mim, e para a maioria dos economistas – faça uma busca no Google sobre consórcio e conte quantas pessoas falam bem e quantas falam mal – consórcio não é um bom negócio por 2 principais motivos:
    1) O RISCO é MUITO alto. É muito difícil prever qual vai ser a situação financeira da administradora daqui DEZ ou QUINZE ANOS. (Não existe uma organização parecida com o “fundo garantidor de crédito” para elas.)
    2) A taxa de administração é alta. 18 a 22% é muita coisa do capital investido, mesmo que ao longo de anos.

    Você tem suas argumentações, entre elas:
    1) As pessoas que perdem dinheiro investiram errado. Essa é uma argumentação bem parecida com a que os picaretas usam quando alguém entra para aqueles esquemas de pirâmide e saem perdendo. Você precisaria mostrar que existem jeitos que sempre ganham (e o que aconteceria se todo mundo investisse do jeito que sempre ganha? Brotaria dinheiro de algum lugar?).
    2) Os economistas não são muito criativos. Por favor, você está dizendo que consórcio rende mais do que ações; mesmo que eu não quisesse duvidar disso, numa economia estável isso só aconteceria se tivesse um RISCO maior que de ações (afinal, você deve concordar que rentabilidade está diretamente relacionada a risco, não? Isso é um conceito financeiro básico). E, caso tenha um risco menor, ou é uma distorção (que está acontecendo há muitos anos e pouca gente notou – o que é bem improvável) ou, quando lançassem um consórcio, todo mundo que já ganhou dinheiro alguma vez com consórcios sairia correndo para comprar e ganhar novamente (e sabemos que não é isso que acontece – se fosse, você não deveria perder seu tempo atualizando esse site ou respondendo comentários enquanto teria 5 ligações esperando respostas para comprar um novo consórcio).

    Desculpe, mas espero que você entenda que não é fácil confiar na palavra de alguém que deixaria de ganhar dinheiro se admitisse que seu produto não é bom. Mas mesmo assim procurei não levar a discussão para o lado pessoal em nenhum momento, trabalhei apenas com números e lógica.

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  13. Seguinte.. Quem tiver carta contemplada por sorteio até o sexto mês e queira por ela 10%, favor entrar em contato.

    Imagine que você comprou uma carta de 40.000,00. Irá pagar nos primeiros 6 meses 340*6 = R$ 2.40,00

    Eu compro esta carta por R$ 6.240,00. 200% do valor que você pagou.

    Lemon, o que acha?

    Meu contato solicitem ao Fabricio

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  14. Boa tarde.

    Eu por um acaso vi este artigo. Achei muito interessante.
    Minha dúvida é se vamos ter quem compre a carta de crédito.
    Hoje o Brasil lançou inúmeras modalidades de financiamento da casa própria, com juros baixos, não sei ainda se parecidos com os de consórcio. Em situações adversas, como podemos recuperar o investimento no caso de precisar vender um consórcio sem contemplação ?

    Existe algum livro ou algum site que explique um pouco mais sobre essa modalidade ?

    Att.

    Luiz

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    1. Oi Luiz Gustavo,

      Há público para todos os produtos. Nunca vendi ou lucrei tanto quanto atualmente. No caso de precisar vender um consórcio não contemplado, a coisa fica preta. Não invista em consórcios o dinheiro que tu pode precisar amanhã, é um investimento para construir patrimônio ao longo do tempo, não um que se coloque e tire o dinheiro a qualquer tempo.

      Publiquei um site inteiro que explica o investimento em consórcios em http://www.investimentoemconsorcio.com.br e ontem mesmo publiquei um site novo explicando a evolução disto, ou seja, uma maneira mais lucrativa ainda de ganhar após a contemplação das cartas, em http://www.investimentoemimovel.com.br

      Abraço.

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    1. Lem0n,

      Como disse em momentos anteriores, aqui é minha casa e libero o que quero, sempre que a argumentação é realista e não envolve ataques pessoais. Foi o caso de toda nossa discussão. Lamento que não tenhas a paciência de esperar, pois te respondi por email, do meu celular, explicando que estava viajando e com várias coisas acontecendo ao mesmo tempo, sem tempo para continuar a discussão naquele momento. As coisas continuam acontecendo aqui e como já escrevi antes, não tenho intenção de te convencer de nada. Tudo o que tenho para escrever já está escrito e o que mais tiver para escrever no futuro, continuarei escrevendo em novos artigos.

      Tu queres provas matemáticas de algo que não é uma ciência exata. NÃO EXISTEM GARANTIAS EM NENHUM INVESTIMENTO. Tu coloca teu dinheiro na bolsa e pode ganhar ou perder. Tu coloca teu dinheiro na renda fixa e pode ganhar ou perder. EU COLOCO MEU DINHEIRO EM CONSÓRCIOS e posso ganhar ou perder. Simples assim. Nos últimos sete anos, da maneira que venho investindo, estou ganhando. Eu digo o que faço, eu explico a lógica do que faço. Não peço para ninguém me seguir, mas estou sempre disposto a ajudar quem quer. E FAÇO ISSO MUITO ANTES DE VIRAR VENDEDOR DE CONSÓRCIO.

      Não toma como pessoal, porque não é. Só que simplesmente não tenho tempo suficiente para ficar escrevendo as mesmas coisas, nem preciso de mais detalhes de argumentação para saber que o que faço funciona, afinal de contas, faço isso há mais de sete anos com sucesso absoluto. Eu vendo consórcios para ajudar quem tem um perfil de investimentos parecido com o meu. Não acho que os consórcios sejam o melhor investimento do mundo para todas as pessoas, mas não abro mão do meu direito individual de achar que é o melhor investimento do mundo para mim.

      Não concordo quando tu dizes que rendimento está ligado a risco, por exemplo. Risco está ligado a conhecimento. Quem sabe investir em ações arrisca menos do que quem não sabe. Quem sabe investir em consórcios arrisca menos do que quem não sabe. Quem não sabe investir em nenhum dos dois, procura quem sabe para ajuda-lo.

      Não precisa se desculpar em relação a desconfiança na palavra de quem como tu mesmo escreveste, “deixaria de ganhar se admitisse que seu produto não é bom”. Essa é uma desconfiança normal. A questão é que não há como admitir que não seja bom e ao mesmo tempo colocar todo meu capital próprio nisso 🙂

      —–

      JC,

      Sobre a tua proposta, quem tiver cartas nessa condição e quer vender por este valor, eu mesmo compro 🙂 brincadeira, deixo para ti se alguém aparecer por conta desta tua oferta.

      Mas como eu já te disse, e teus cálculos comprovam, pagar R$ 10.000 por uma carta destas é barato.

      —–

      Luiz Gustavo,

      Os consórcios em que invisto tem taxa de administração de 23,5% e seguro prestamista de 4,215% ao longo de 150 meses. Faz o cálculo e verás que isso dá menos de 0,2% ao mês. Coloca numa planilha este custo ao longo do tempo e verifica quanto dá para ganhar se tu investir o crédito em construção/aluguel/venda. Não existe comparação entre financiamento e consórcio. Mesmo precisando de dinheiro imediato, há opções de cartas contempladas com custo menor que qualquer financiamento. Faz uma planilha com estes custos e recalcula os mesmos para os diferentes prazos de contemplação por sorteio e tu verás que o custo vale a pena até pouco além da metade do plano, deixando de valer após isso.

      Para os que comentam sobre a correção anual dos consórcios, lembrem que os financiamentos também possuem correção, só que os bancos nunca as mencionam nos cálculos, pois o custo do dinheiro no tempo acontece NO TEMPO, ou seja, os cálculos com valor atual igualam a situação e se usar correção em um, tem que corrigir também o outro para a comparação ser válida.

      —–

      Lem0n,

      Não tenho tempo nem de moderar direito os comentários aqui. Menos tempo ainda para participar em outros fóruns. Ajudo mais pessoas escrevendo artigos novos do que girando e girando sobre o mesmo assunto.

      Liberei teu comentário seguinte que indica o fórum que criaste. Não vou participar ativamente da discussão lá, pois como disse, não tenho tempo para falar as mesmas coisas que já falei, minha argumentação está em todos os meus artigos, quando tenho alguma novidade, escrevo um novo artigo explicando. Espero que a discussão lá seja produtiva, apesar de duvidar muito disso, pois normalmente a internet está cheia de gente que aproveita o anonimato para gastar seu tempo tentando criar polêmica e criticar quem tenta fazer um trabalho sério. Não estou falando de ti, que sempre foi respeitoso, criticando apenas idéias, mas já sou macaco velho de internet para saber como funcionam as coisas nesse meio.

      Abraços.

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      1. Lem0n,

        Apenas corrigindo o que escrevi no comentário anterior, acho que a discussão pode ser boa no fórum do Clube do Pai Rico. O pessoal lá forma uma comunidade bastante participativa e bem pé no chão, bem diferente do que se vê em outros fóruns onde a bandalheira impera. Conheço o dono do site e ele vem fazendo um ótimo trabalho nos últimos anos. Mas como escrevi anteriormente, não tenho como participar ativamente das discussões, no máximo uma ou outra intervenção esporádica.

        Abraço.

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  15. Prezado Fabrício,

    Também gosto dos consórcio e acho que bem planejado da ganhar algum dinheiro sem investimentos grandes. Porém , vc disse lá em cima que o lance embutido é prejuízo. Poderia dizer porque desta afirmação? Comprei minha casa com o lance embutido e se não fosse ele não seria contemplado. Qual o teu problema com lance embutido?

    Um abraço

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    1. Fabio,

      O lance embutido normalmente é utilizado sem os cálculos necessários e mesmo quando usado calculando corretamente, haveria alternativa mais em conta dadas as mesmas condições de valor para entrada e prestações restantes a pagar. Explico isso com um exemplo prático em:
      http://www.moedacorrente.com.br/wp/arquivo/cuidado-com-o-lance-embutido/

      Além disso, a simples existência da modalidade do lance fixo permite abusos como estes:
      http://www.moedacorrente.com.br/wp/arquivo/mais-picaretagem-envolvendo-o-lance-embutido-nos-consorcios/

      Então não é nada pessoal, mas avisar sobre as armadilhas deixa as pessoas mais atentas.

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  16. Lemon, diferente do Fabricio, tenho muito tempo sobrando, por isso passo aqui uma vez por mês.

    Pena que não posso abrir meus números para você. Você é uma pessoa inteligente, mas como muitos analistas ao meu redor, não sabe exatamente para onde quer ir e ficam parados, até porque, só sabe escrever ao invés de colocar em pratica.

    Vou tentar te ajudar, embora o Fabricio pacientemente vem tentando fazer a mesma coisa, porém, sei que tudo que eu escrever aqui será insuficiente.

    É tudo uma questão de Escolha!!

    Bom, vamos lá…..

    1) Assumir que o preço dos imóveis “sempre sobe”;
    Resposta: Na verdade, não me importo se os preços não subirem. Investidor como eu se preocupam com a receita gerada através do capital investido, ou seja, se mesmo após 10 anos o imóvel continuar custando a mesma coisa (alguém acredita nisso??), mas os alugueis sempre reajustados, com o passar do tempo, o VPL do imóvel vai caindo. como lhe disse, não posso abrir meus números, mas vamos fazer um calculo simples e justo.
    comprei uma carta de R$ 40.000,00 por R$ 8.000,00
    compro um imóvel por R$ 40.000,00
    Aluguel mensal de R$ 350,00
    durante os próximos 120 meses, a carta pagará o imóvel.
    E os meus R$ 8.000,00 que usei para comprar a carta? Estes R$ 8.000,00 que usei para comprar a carta/imóvel, se estivessem na renda fixa estaria valendo após 120 meses, utilizando um juro composto de 0,70%, exatamente 18.300,00. Putz, pedir R$ 10.000,00, pois coloquei R$ 8.000,00 e hoje poderia ter R$ 18.000 (8k +10K=18k).

    Pense o seguinte. Este imóvel não valorizou nada, nadinha mesmo, custa exatamente os 40.000,00 que você comprou a 10 anos atrás. O que fazer???Nesse caso você poderá vender o imóvel e receber os 40.000,00.. Qual o lucro real. 40.000 – 8000=32.000 – 10k que deixei de ganhar na renda fixa=22.000. Bom, nesse momento você está com um lucro de 22k e recuperou os 10k que não renderam durante o tempo na renda fixa.

    Ora, mesmo o imóvel não subindo, caindo um pouco de preço etc, seu retorno, vendendo o imóvel pelo mesmo valor daqui a 10 anos, será maior do que Renda Fixa.

    Mas, o bobão aqui, resolveu ficar com o imóvel, pois ele custou na verdade 18.300 (8k que comprei a carta + 10k que deixei de ganhar na renda fixa), nesse caso, considerando que o valor de aluguel será o mesmo durante os próximos 20 anos, vou receber 350 ,00 de receita mensal. Isso sobre o investimento de 18k é de ~2% ao mês. A partir deste momento, coloque estes 2% na renda fixa que vão gerar + 0,7% pelos próximos 20 anos e no final, você terá um retorno de +/- (considerando uma taxa de 0,70% a.m) de 220 mil, mais o imóvel que teve valorização ZERO.

    Poderia te dar vários exemplos, mas para bom entendedor, meia palavra basta!!!

    2) Operar alavancado (coisa que Buffet, já que você quis falar dele, é contra);

    Reposta: Cara, esta é a diferença entre nós. Visão.

    Buffet é o homem mais rico do mundo, mas nenhum cliente dele é mais rico do que ele, sabe porque, porque ele alavanca com a taxa de administração cobrada pelo fundo dele para comprar mais e mais ações. Com o tempo, isso vira uma bola de neve e ele passa a ganhar cada vez mais rápido.

    Este cara é sincero e por isso eu gosto muito dele. O fundo dele vem rendendo 30% ao ano, mas ninguém conseguiu, mesmo iniciando com mais dinheiro do que ele (ou você acha que ele era o mais rico no início???) ficar tão rico como ele. Poucos conseguem ver como ele realmente conseguiu chegar no topo do topo. Não foi o dinheiro dele, foi com as taxas. Ligue para o seu banco e pergunte a eles se mesmo você tendo prejuízo na sua carteira eles vão te cobrar taxa de administração? Eles vão dizer que sim, ou seja, seu banco, mesmo você não conseguindo enriquecer, ficará mais rico do que você. Se por ventura você consegui enriquecer, seu banco estará anos luz de você, pois além do seu enriquecimento, ele ainda enriqueceu com todas as taxas cobradas de você.

    Morrei nos Estados Unidos por 5 anos e ver gente que administra fundos andando de Ferrari por lá, é o mesmo que ver gente andando de carroça por aqui.

    Por isso que às vezes os números não dizem tudo. Basta ampliar sua visão e ver as coisas como eles realmente são.

    3) Matemática. Se você discordar de algo que eu falei, conteste as contas que fiz. Falar “você é um grande desconhecedor” não prova nada, somente que você não teve capacidade matemática e lógica de me contrariar.

    Resposta: O certo ou o errado só o tempo mostrará. 2 anos atrás a poupança estava no chinelo perto da Renda fixa e hoje, é o melhor investimento comparada com a Renda fixa. Aluguel era uma bosta (segundo alguns especialistas de plantão), mas hoje, rende o mesmo que a poupança e o imóvel ainda valoriza.

    Todos querem seu primeiro 1 milhão, mas quando chegam lá, no máximo que conseguem é comprar um apartamento de R$ 400.000,00 (olha que não é lá estas coisas) um carro +/- de uns 100.000,00. O que fazer com os outros 500.000,00? Bom, vou deixar vocês pensarem um pouco. Lembre que tem o condomínio para pagar.

    Lemon, foi um prazer, mas estamos em lados opostos. Tive excelentes professores de matemática/física/calculo etc e são muito, mas muito mais inteligentes do que eu, mas continuam dando aula a noite recebendo uma porcaria de salário, enquanto o Bobão aqui, está ………….. não vou nem falar, senão tu vai deixar de dar aula.

    Como lhe disse no início, tenho muito tempo, sendo assim, deixa sua resposta que responderei no próximo mês.

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  17. Tudo Bem fabricio,
    Meu nome é Romulo, e sou de BH/MG e pra ser bem sincero vou te contar um pouco da minha história. Até pouco tempo atrás estava trabalhando na CLARO (telefonia – móvel) e fiquei interessado em fazer um consórcio, então entrei no site da porto-seguro e pedi uma visita de um consultor. Este consultor foi a minha casa e me explicou a respeito de consórcio, mas enquanto agente conversava ele me perguntou se eu trabalhava com vendas e eu disse que sim, que trabalhava na claro e coisa e tal, foi aí que ele me falou que estavam precisando de consultores na porto seguro aqui de bh. Pois bem, ele me indicou, fiz a entrevista e eles me contrataram agora em agosto. Então comecei a fazer aquilo que sempre faço, primeiramente estudar o produto, depois indentificar o meu público alvo e traçar estratégias para alcançar o sucesso nas vendas. Foi aí que em minha pesquisa pela internet encontrei o seu blog. Desde já te parabenizo, fiquei realmente impressionado com sua inteligência e transparência. Sei que estou atuando em uma concorrente sua, mas estou pensando se não poderíamos fazer uma parceria. Pois a partir da estratégia de investimento que vc explica já estou tendo resultado em venda, pois a pessoa vislumbra com facilidade a possibildade de um bom rendimento a médio prazo. Mas tenho perguntas a te fazer, queria conversar com vc através de msn ou telefone. Queria sua ajuda na hora que meus clientes forem vender suas cotas, vc poderia ajudar na captação de compradores e claro , lucrar com isso. Quero realmente fazer uma parceria com vc. Obrigado, espero seu contato.

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  18. Bom dia !!

    Gostaria de saber o que acontece se o grupo do consorcio tiver uma inadimplência muito grande ?

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    1. Oi Daniel,

      No caso de grupos com inadimplência, depende muito dos motivos para isto ocorrer e do porte da administradora. Justamente por haver este tipo de risco é que só invisto nas cartas da Rodobens. Devido ao porte e a presença em todo o Brasil, o risco de inadimplência por problemas localizados (por exemplo a enchente de Blumenau) é minimizado. Além disso há a agilidade em recolocar novos consorciados substituindo os inadimplentes que são desligados do grupo.

      Em sete anos investindo nisso nunca tive este tipo de problema. Mas como escrevi acima, só invisto no que sei que as chances de problemas são mínimas.

      Abraço.

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  19. Fabrício. Considero bastante interessante a sua experiência em investimentos em consórcios. Você diz que, se possível, é mais vantajoso adquirir um número maior de cotas de cartas de créditos de valores menores do que adquirir apenas uma ou duas de valores maiores (Ex: 10 cartas de R$ 35.000,00 em vez de 01 carta de R$ 350.000,00) pois as chances de ser contemplado são maiores. Ocorre que na nossa realidade aqui em Brasília, com R$ 35.000,00 não dá para comprar um imóvel, nem no subúrbio. Mesmo assim, ainda é recomendável fazer dessa maneira para fins de investimentos? Quem compraria uma carta contemplada por R$ 35.000,00? Espero resposta.

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  20. Estou interessado em adquirir uma casa própria, porém não tenho muita pressa, assim, por gentilza, me esclareça se vale apena investir em consórcio de acordo com o meu perfil.
    Moro em Natal, cidade que sofre muito com a especulação imobiliária dos estrangeiros. Pretendo adquirir, de acordo com as minhas necessidades e preços atuais de mercado aqui na minha cidade, um imóvel no valor de R$ 120.ooo,00.
    O que tenho em mente é:
    Opção a) pagar uma carta de crédito no valor de R$ 50.000,oo e com mais um dinheiro que irei receber, com certeza, daqui a uns 03 a 04 anos completar o resto ;
    Opção b) comprar um terreno (na verdade nem sei se é possível fazer isso na opção de consócio) com uma carta de crédito de consórcio e depois construir a casa que desejo com o dinheiro que irei receber.
    O que devo fazer?
    Desde já agradeço

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  21. Primeiramente gostaria de parabenizar ao Fabricio pelo excelente trabalho que ele vem fazendo divulgando essa oportunidade de investimento para todos de maneira tão fácil e detalhada, até porque já procurei muito na internet e não encontrei nenhum site que possua informações tão boas sobre essa nova maneira de investir como nos dele.

    Gostaria de comentar que já até li todos os posts divulgados por ele(pelo menos todos que encontrei), os livros indicados e inclusive os comentários, que por sinal estão muito interessantes neste tópico, utilizei inclusive um exemplo dado pelo J.C. para demonstrar à uma outra pessoa que estava em dúvida sobre em que investir como pode ser lucrativo os consórcios se você souber utilizar.

    Enfim, gostaria agora de lhe pedir um favor, pois sou estudante e ainda não possuo dinheiro suficiente para os lances fixos, que pelo visto são muito importantes para quem planeja investir com intuito de vender as cartas cobrando um ágio, e queria que pudesse me apresentar e explicar quais opções eu teria para começar a investir tendo dinheiro apenas para as mensalidades.

    Gostaria de dicas do tipo se é fácil conseguir alguém para pagar o lance fixo por você e dividir o lucro ou se você consegue vender a carta e o comprador pagar direto o lance por mim(porque teria que pagar o lance fixo até o dia seguinte certo?) e o que mais você acha necessário de se saber antes de começar o consórcio, pois só tenho condições de pagar a mensalidade de uma carta e estou com medo da contemplação não sair e eu ficar enrolado com isto, já que ainda não tenho emprego e só acabo os estudos no fim do ano que vem?

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  22. Oi Lucas,

    O maior lucro na venda dos consórcios contemplados são obtidos com a contemplação pelo sorteio. Claro que este tipo de contemplação depende exclusivamente da sorte, mas um dia ela vem. No meu caso, eu aumento as minhas chances de contemplação ao fazer mais cartas ao longo do tempo.

    Se tu já leste todos os comentários deste artigo específico, tu viste que tem quem não goste, quem não acredita e quem acha que há alternativas melhores. Eu concordo com todos, cada perfil de investidor tem o direito de achar melhor o que lhe compete.

    Eu gosto dos consórcios porque é barato para começar, porque dá a possibilidade de grandes lucros, maiores quanto maior for a sorte, porque é a porta de entrada para o investimento em imóveis e porque ajuda a manter o foco e a disciplina, coisas que infelizmente não são comuns na população. É muito fácil dizer que se tudo ocorrer errado no consórcio e formos o último a ser contemplado, que teríamos ganho mais se deixássemos o dinheiro na poupança. Então eu pergunto: quem aplica regularmente, todos os meses, corrigindo o valor anualmente, ao longo de 10 ou 12 anos? E no final das contas eu vejo o resultado, aquele que investiu em consórcio possui patrimônio e o que não, não possui.

    A dificuldade em encontrar alguém para pagar o lance fixo para ti depende exclusivamente de ti. Já paguei lance fixo para outras pessoas, já indiquei clientes que desejavam fazer esse tipo de pagamento, mas hoje em dia não costumo fazer mais isso. Posso ter dinheiro sobrando e me interessar em adquirir uma carta para investir em algum imóvel e eu mesmo pagar o lance fixo de alguém, atualmente tenho feito isso com certa regularidade, mas não é uma regra.

    O importante para investir em consórcios é ter o valor mensal e não ter pressa. O lucro vem quando vem. Sair no meio é a pior coisa que pode ser feita, é prejuízo certo. Então só indico o investimento para quem é sério no objetivo de construir patrimônio e para quem sabe que os resultados podem demorar. Tenho muitos amigos que conseguem resultados rapidamente, mas uns são uns e outros são outros. A pressa é inimiga da perfeição. QUem tem pressa e pula fora depois de um tempo achando que já demorou muito e cansou de esperar, esses não quero como clientes.

    Abraço.

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  23. Tenhu 19 anos e gostaria desde já começar pequenos investimentos para que meu futuro seja mais tranquilo em relação a dinheiro. adorei seus artigos e sou concerteza hoje um de seus fãs.
    Com tudo minha renda e pequena, por isso gostaria de saber se consórcios de motos, com pequenas parcelas como um investimento inicial seria uma boa pra mim.
    abraçoes.

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    1. Oi Heverton,

      Apesar de eu poder vender consórcio de motos e ganhar comissão por estas vendas, te digo de antemão que isto não funciona como investimento. Vais apenas fazer o dinheiro girar, sem lucrar nada.

      Enquanto tens uma renda pequena, guarda o que te sobra na poupança, estuda formas de aumentar o quanto ganhas e pula para investimentos melhores, como os consórcios imobiliários, quando conseguir bancá-los.

      A pressa é inimiga dos lucros.

      Abraço.

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  24. Qual investimento você me aconselha começar? Quais consórcios são melhores para iniciante e qual parcela você considera mínima para que se tenha vantagem com ele?

    Abraço.

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  25. Ola,
    O que você acha da aquisição de uma consórcio ja em andamento, comprando uma carta não contemplada com valor inferior a das parcelas já pagas?
    Gostaria de saber também como posso fazer pra melhorar minhas chances de ser contemplado pois acho 150 meses muito tempo.

    Obrigado.

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    1. Heverton,

      Normalmente não vale a pena, pois as boas cartas para isso não chegam ao mercado, ficam com os profissionais que estão na ponta de vendas e são procurados antes dos consorciados apertados terem que tentar vender por conta própria. O que aparece no mercado costumam ser as que os profissionais que sabem lucrar com elas, dispensaram 🙂

      Tu melhoras tuas chances de ser contemplado ofertando lances. Só que estes lances “adiantam” pagamentos, ou seja, tu estás pagando para ter o crédito mais cedo. Aguardando, teus lucros são maiores.

      A paciência é a virtude mais bem paga que existe.

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  26. Olá Fabricio,

    Aproveitando a pergunta do Heverton do dia 8/3/10, gostaria que esclarecesse o que considera “uma boa carta não contemplada”. Que critérios objetivos ter para considerá-la boa, neutra ou ruim? Ainda não compreendi porque consideras que seja melhor comprar cotas do início em vez de consórcios em andamento. É apenas pelo desembolso inicial maior?
    Obrigado

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    1. Oi Marcelo,

      Uma boa carta não contemplada é uma que possui muitas prestações pagas e que é adquirida com um desconto que anule totalmente a taxa de administração.

      A vantagem de comprar cotas novas (de grupos novos ou em andamento) sobre cotas já andando ainda não contempladas é que normalmente o valor de entrada para adquirir essas cotas não contempladas não compensa o desconto obtido em relação ao tempo que levam para contemplar. O dinheiro tem um custo no tempo, pagar na frente tem um custo que normalmente não é pago com o desconto obtido.

      Tu tens a impressão de que lucrou, por exemplo, R$ 3000 que obtiveste de desconto ao comprar uma não contemplada com este valor a menos, mas ao calcular o quanto este dinheiro valorizaria até poder fazer uso da carta, poderias ter feito negócios bem melhores ao longo do tempo.

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  27. Olá Fabricio,

    Li os comentários e vi que abordam questões de economia, direito, finanças, estatística, matemática… Mas gostaria que abordasse parte da mecânica …

    A constatação:

    Pesquisando na internet logo de cara percebi que nem as proprias administradoras de consorcio nao fazem a intermediação de compra e venda das quotas em andamento. Nenhum Banco ou agente financeiro tambem não o fazem. Fica parecendo uma atividade meio que a margem do sistema financeiro.

    A pergunta:

    Se eu vender uma quota de consoricio como devemos proceder para evitar levar calote, visto que as empresas de intermediação são meros balcões de anúncio. Como ter alguma garantia nos negócios.

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    1. Oi Edowaldo,

      A questão do porque as administradoras não intermediam cotas contempladas, na verdade, porque elas NÃO PODEM intermediar estas cotas, é explicada na primeira pergunta frequente da página: http://www.megacombo.com.br/perguntas-frequentes/

      Para evitar problemas na venda da tua carta contemplada, sempre verifica os procedimentos específicos junto da administradora da tua carta. Eu cuido desses detalhes para facilitar a vida dos meus clientes.

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  28. Olá Fabrício,

    Primeiramente gostaria de parabenizá-lo por seus artigos, são muito esclarecedores.
    Estou pensando em começar a investir em consórcios imobiliários, para tanto, comecei a realizar algumas análises e estudos deste segmento. Ao analisar superficialmente a questão cheguei a conclusão (corrija-me se estiver equivocado) que uma das peças para que o negócio seja lucrativo é o tempo médio que uma carta demora para ser contemplada. Pela sua experiência qual é o tempo médio que uma carta demora a ser contemplada no lance fixo de 30% e qual o percentual de pessoas do grupo que costumam dar este tipo de lance ?

    Desde já agradeço
    Obrigado

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    1. Oi João,

      É justamente devido ao tempo médio de contemplação que o consórcio funciona como excelente alavanca na formação de patrimônio imobiliário. O tempo médio de contemplação através do lance fixo de 30% costuma ser menor do que três anos, com menos de 10% dos participantes ofertando os lances nesta modalidade, em média.

      Para começar a investir e aproveitar ao máximo todas as estratégias que já refinei para otimizar ao máximo este investimento, basta seguir o passo a passo que descrevo em http://www.megacombo.com.br/como-investir. Vai ser um prazer te auxiliar em todas as etapas deste investimento.

      Abraço.

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